Rumo a uma parceria mutuamente benéfica com a Índia para aprimorar a estratégia estadunidense no Comando dos EUA para o Indo-Pacífico
Maj Patrick O’Brien Boling, Ph.D., Guarda Nacional de Louisiana
Paul Sanders, Ph.D.
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O xadrez tem apenas dois resultados possíveis: empate e xeque-mate. O objetivo do jogo […] é a vitória ou derrota total, e o combate é conduzido de frente, no centro do tabuleiro. O objetivo do go [jogo chinês] é a vantagem relativa; o jogo é disputado em todo o tabuleiro, e o objetivo é aumentar as opções do jogador e reduzir as do adversário. O objetivo não é tanto a vitória, mas, sim, o progresso estratégico persistente.
—Dr. Henry Kissinger
“A distribuição do poder ao redor do mundo está mudando, gerando novas ameaças.”1 Na perspectiva nacional dos Estados Unidos da América (EUA), houve uma mudança reconhecida no ambiente estratégico com o enfraquecimento da ordem mundial pós-Segunda Guerra.2 Os dois motivos que mais se destacam para essa mudança são uma China em ascensão e uma Rússia desestabilizadora. Para lidar com essa mudança, seria prudente formar alianças e parcerias com outras nações democráticas e afins, com o objetivo de inclinar a balança competitiva e reequilibrar a distribuição de poder.3 Para isso, é fundamental evitar a repetição de erros do passado, como os cometidos no Iraque e no Afeganistão, onde os EUA criaram alianças com base na pressão, e não na vontade das partes envolvidas.4 Embora essas mudanças apresentem novas ameaças, apresentam também oportunidades, incluindo a possibilidade de formar uma parceria duradoura e equitativa entre a Índia e os EUA.
Essa janela de oportunidade geopolítica existe porque ambas as nações atualmente buscam uma solução comum para conter a influência da China. Para a Índia, esse interesse comum é, principalmente, regional, enquanto, para os EUA, a China é considerada uma ameaça crescente e o “competidor estratégico mais importante” em nível mundial.5 Esses interesses se cruzam na região do Comando dos EUA para o Indo-Pacífico (U.S. Indo-Pacific Command, USINDOPACOM), oferecendo uma oportunidade para uma parceria mutuamente benéfica. Apesar dos obstáculos que existem há décadas, a percepção da China como uma ameaça agora faz com que essa parceria pareça mais viável do que em qualquer outro momento da história recente. Essa possível parceria entre a Índia e os EUA pode ser vista como vantajosa para ambas as nações.
A ação coletiva, e não apenas a pontificação, é necessária para lidar com as mudanças na distribuição de poder em todo o mundo. A Estratégia de Segurança Nacional (National Security Strategy, NSS) de 2022, assinada pelo Presidente Joseph Biden, proclama: “Devemos moldar proativamente a ordem internacional de acordo com nossos interesses e valores”.6 A NSS explica como os meios estratégicos mais importantes da nação são alianças e parcerias em todo o mundo.
Uma estratégia desenvolvida pelo Departamento de Defesa que será usada para moldar proativamente é a dissuasão integrada.7 “A dissuasão continua sendo um pilar essencial da postura de defesa dos EUA.”8 O conceito de dissuasão integrada significa que ela está integrada em todos os domínios, em todo o governo e em todos os aliados e parceiros.
Diversas alianças e parcerias dos EUA podem ser fortalecidas com a aplicação do conceito de dissuasão integrada e ação coletiva, mas a Índia está em uma posição única para beneficiar os EUA por meio de uma parceria duradoura e equitativa. O valor da Índia para os EUA se deve ao seu crescente poder nacional na região do USINDOPACOM e ao seu potencial subaproveitado de potência global. Essa parceria entre os EUA e a Índia poderia se basear nas semelhanças existentes entre as duas nações, incluindo valores culturais compartilhados, objetivos comuns, avanços em inovação, interesses econômicos alinhados e competição diplomática com a China. Este artigo examina os interesses comuns, bem como os empecilhos práticos para uma relação de trabalho entre os EUA e a Índia. A parceria indo-estadunidense é uma oportunidade para que uma potência em declínio (EUA) se congrace com outra potência compatível e emergente (Índia), beneficiando ambas.
Compatibilidade de parceria
As semelhanças culturais e objetivos comuns fazem com que uma parceria igualitária e voluntária com a Índia seja uma escolha lógica. Tanto os acontecimentos internos quanto as influências externas, incluindo a integração de filosofias e costumes orientais e europeus, moldaram o patrimônio cultural da Índia. Essa integração ocorreu mantendo sua independência e, ao mesmo tempo, rejeitando a dominação estrangeira. Esse espírito de independência, especialmente após a emancipação da Índia do domínio britânico, é semelhante ao dos EUA.
O patrimônio cultural da Índia serve de base para sua política externa. A Índia se afirma como uma nação soberana que respeita imensamente a independência e soberania de outras nações. Além disso, sua política externa restringe a interferência em outros países.9 A política externa indiana está alinhada com os EUA e outros de seus parceiros estratégicos. Além dos valores compartilhados, a Índia e os EUA têm sistemas políticos e econômicos semelhantes. Ambos têm sistemas políticos híbridos democráticos liberais clássicos, e a Índia adotou gradualmente um sistema econômico mais capitalista, enquanto os EUA se voltaram para uma economia mais regulamentada e de orientação socialista. À medida que os dois países se aproximam dessa encruzilhada de sistemas mais regulamentados e menos regulamentados, há um potencial cada vez maior de pontos em comum entre as duas nações.
Semelhanças culturais. O intercâmbio cultural entre os EUA e a Índia tem sido uma via de mão dupla, com a cultura indiana influenciando os EUA e vice-versa. A influência da cultura indiana pode ser vista na popularidade da filosofia indiana (hinduísmo), da moda e de Bollywood, enquanto os EUA inspiraram a Índia em áreas como a mídia, proteção da liberdade de imprensa e Hollywood.10
A crescente população de indo-estadunidenses nos EUA é um testemunho da compatibilidade cultural entre as duas nações. Os EUA se beneficiam dessa população por ser mais instruída, conforme as estatísticas. De acordo com o U.S. Census Bureau, em 2020, os indo-estadunidenses representavam aproximadamente 1,2% da população dos EUA.11 Os indo-estadunidenses estão entre as populações mais instruídas: 99% têm, no mínimo, o ensino médio completo, 73% têm diploma de nível superior e 40% têm pós-graduação.12 Como grupo demográfico, os indo-estadunidenses têm prosperidade econômica acima da média.13 Eles se integram facilmente à população dos EUA, como indicam os altos níveis de sucesso acadêmico e financeiro em uma parcela significativa da população estadunidense, demonstrando a compatibilidade cultural entre os EUA e a Índia.
A semelhança de culturas e valores compartilhados entre os EUA e a Índia oferece uma base sólida para uma parceria, que pode ser fortalecida ainda mais pela colaboração em áreas como inovação, interesses econômicos e diplomacia. A atual NSS e a Estratégia de Defesa Nacional (National Defense Strategy) dos EUA abordam conceitos como dissuasão integrada, que oferece uma oportunidade mais ampla para que os EUA e a Índia trabalhem juntos para enfrentar os desafios na região do USINDOPACOM e além dela.
Valores compartilhados. Para compreender melhor a profundidade dessas raízes culturais semelhantes, é importante lembrar que a Índia é uma ex-colônia britânica, assim como os EUA. Os fundadores dos governos indiano e estadunidense se rebelaram contra o domínio do governo britânico. Pouco a pouco, evoluíram para democracias liberais que promovem as liberdades individuais e a igualdade. Os governos da Índia e dos EUA representam uma diversidade de visões culturais e políticas. Em tempos de paz, as populações de ambos os países enfrentam diferenças internas, mas, diante de ameaças externas, unem-se em torno de uma identidade nacional.
Os autores acreditam que um país que busca a igualdade de competição aplica os mesmos valores no comércio externo. As semelhanças culturais e os valores compartilhados fazem da Índia uma escolha lógica para uma parceria estratégica com os EUA. Os fortes laços compartilhados entre seus povos os tornaram parceiros ideais no comércio e na diplomacia. À medida que ambas as nações continuarem crescendo e evoluindo, continuarão, sem dúvida, como aliadas valiosas colaborando em prol de um mundo mais equitativo.
Potência global emergente
A Índia é uma potência global emergente que, recentemente, ultrapassou a China em termos de população total e, em breve, poderá ultrapassá-la em termos de inovação com a ajuda dos EUA. O compartilhamento da inovação dá aos EUA a oportunidade de se congraçar com a Índia ao contribuir para sua ascensão. A inovação capta tanto o crescimento da população na Índia quanto os avanços tecnológicos possíveis no país. A população fornecerá as pessoas, a mão de obra e as ideias que impulsionarão a inovação. Em termos demográficos, a Índia tem uma população em crescimento e cada vez mais produtiva, o que a torna um parceiro interessante. Atualmente, a população da Índia é de 1,427 bilhão de habitantes; a China está agora em segundo lugar, com 1,425 bilhão.14
Crescendo até rivalizar com a China. As populações de trabalhadores indianos e chineses têm uma distribuição comparável entre os três principais setores: de serviços, industrial e agrícola. A Índia tem um peso maior na agricultura do que nos serviços, mas quase igual no setor industrial. A distribuição etária das populações em idade militar (15 a 64 anos) favorece ligeiramente a China, com 68,3% em comparação com os 67,51% da Índia (dados de 2021).15 No entanto, a população chinesa nessa faixa está começando a diminuir devido ao menor número de mulheres, resultado da política do filho único introduzida na década de 1970.
A população indiana ultrapassou a população chinesa em 2023. A taxa de crescimento da Índia, de 1,02%, é mais do que o dobro da taxa de crescimento da China, de 0,42%. A projeção é de que a população da China diminua significativamente até 2030. Estima-se que a população da Índia chegue a 1,65 bilhão antes de iniciar um declínio previsto para 2060.16
À medida que a prosperidade geral melhora, o mesmo acontece com a educação; as taxas de alfabetização devem subir acima das atuais 77,7%.17 Qualquer declínio na população chinesa criará uma escassez de mão de obra que poderá beneficiar a força de trabalho instruída, mas subempregada, da Índia. Com base nesses dados demográficos, tanto hoje quanto no futuro, a Índia é uma forte candidata à competição econômica com a China.
Avanços em inovação. A história do crescimento populacional da Índia é poderosa, mas igualmente importante será o crescimento exponencial da inovação em tecnologia. As necessidades tecnológicas da Índia representam uma grande oportunidade para os EUA estabelecerem mais confiança com a Índia como parceira em pesquisa e desenvolvimento. A Índia tem demonstrado respeito à propriedade intelectual (PI) conforme o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (ADPIC) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).18 A China, em comparação, tem um histórico duvidoso de violações do ADPIC.19 O furto de propriedade intelectual pela China ameaça a segurança nacional dos EUA. Uma ameaça equivalente é a primazia da China na produção de componentes com metais de terras raras.20 A conformidade da Índia com o ADPIC oferece uma alternativa mais segura do que a China para a fabricação de tecnologias sensíveis.
A Índia também vem despontando como um centro de inovação, conforme evidenciado por um número cada vez maior de patentes requeridas. Em 2020, a Índia concedeu apenas 4.988 das 23.141 patentes requeridas por residentes, mas concedeu 21.373 das 33.630 patentes de não residentes.21 O fato de a Índia considerar um número maior de patentes estrangeiras demonstra ainda mais sua disposição de ser um parceiro em inovação tecnológica. A Índia também se destacou mundialmente como um centro emergente de pesquisa e desenvolvimento. De acordo com os Índices Globais de Inovação, de 2011 a 2021, a Índia apresentou pontuação alta, figurando como líder em inovação na região central e sul da Ásia, na categoria de grupo econômico de nível médio inferior, com desempenho acima das expectativas.22 Apesar de não ter uma pontuação tão alta na escala dos Índices Globais de Inovação quanto países como os EUA ou a China, a Índia supera os EUA e rivaliza com a China em relação às inovações por produto interno bruto (PIB).
Fins mutuamente benéficos
A Índia busca aumentar sua competitividade econômica e suas capacidades militares. Um investimento precoce dos EUA na economia emergente indiana, que está longe do seu potencial e pronta para competir globalmente, aumentaria o acesso à manufatura e à inovação. A Índia tem adquirido armas avançadas de vários países, incluindo Rússia, EUA, França e outras nações. O governo indiano assinou um acordo de dez anos com a Rússia para a aquisição de armas de pequeno porte e outros sistemas de armas avançadas. Além disso, buscou obter submarinos nucleares e tecnologia de instrumentação avançados de vários países da União Europeia e da América do Norte.23 A busca da Índia por armamentos militares avançados permitiu que o país emergisse como um possível contrapeso às ameaças da China à cadeia de suprimentos.24
Interesses econômicos alinhados. Uma parceria entre os EUA e a Índia seria financeiramente viável e sustentável para ambas as nações, pois seus interesses econômicos atuais estão alinhados. Aqui estão algumas estatísticas importantes a serem consideradas. A Índia é a nona maior economia do mundo e a terceira maior da Ásia, atrás apenas da China e do Japão. A Índia tem a segunda maior taxa de crescimento entre os países do G20, de 8,4%, à frente e quase o dobro da taxa de crescimento de 4,9% da China e dos EUA.25 O PIB da Índia em 2021 foi equivalente a USD 3,176 trilhões e projeta-se um crescimento de 6,5% a 7%, chegando a USD 5 trilhões até 2026.26
Em 2026, a população ativa da Índia deverá superar a da China, à medida que a força de trabalho chinesa começar a diminuir e sua taxa de crescimento econômico desacelerar. A Índia estará pronta para preencher uma lacuna crescente em bens e serviços. O declínio da força de trabalho da China pode ser uma oportunidade de emprego para o grande número de jovens indianos. Felizmente, esse segmento da força de trabalho indiana teve um aumento de 24 pontos percentuais na alfabetização de 1993 a 2017/18 e um aumento de 15 pontos percentuais no número de jovens que frequentam instituições de ensino no mesmo período.27 Enquanto isso, estima-se que a dívida da China aumente de USD 12,037 trilhões, ou 71,84% do PIB em 2021, para USD 21,659 trilhões, ou 83,75% do PIB em 2026, devido ao aumento do custo de sustentar uma população que está envelhecendo.28 Por outro lado, a dívida da Índia deverá diminuir de USD 2,429 trilhões (84,68% do PIB) em 2021 para USD 4,252 trilhões (83,75% do PIB) em 2026.29
O endividamento médio das famílias indianas é de 34,6% do PIB, o endividamento das famílias chinesas é de 62,14% do PIB e a dívida das famílias estadunidenses é de 78,03%.30 Como os EUA enfrentam dificuldades para financiar seus altos níveis de dívida em relação ao PIB, uma parceria com a Índia e seu menor índice de dívida em relação ao PIB poderia ajudar a mitigar as tentativas da China de aumentar os preços mediante restrições da oferta.
Compartilhamento da concorrência diplomática com a China . A diplomacia com a Índia é fundamental para equilibrar a influência da China na região do Indo-Pacífico. Uma parceria duradoura com a Índia proporcionaria legitimidade regional dentro do USINDOPACOM e um contrapeso direto à influência da China. A parceria poderia também beneficiar os EUA, incentivando nações terceiras e outras potências regionais, como a Rússia, a formar parcerias com a Índia e os EUA. Isso poderia catapultar a Índia para uma posição mais elevada na hierarquia de poder global.
A diplomacia com a Índia é complexa. Os desafios que tornam o relacionamento com a Índia interessante para os EUA são os mesmos que atraem e limitam a influência estadunidense. Influência limitada não deve ser confundida com a ausência de influência. Os EUA devem usar uma abordagem pragmática que considere a atual dinâmica de poder na região do Indo-Pacífico. A diplomacia deve começar com a compreensão da abordagem de intervenção limitada da Índia na diplomacia regional.
Durante a Guerra Fria, o governo indiano foi mais agressivo com seus vizinhos, o que fez com que procurassem isolar a influência da Índia. Na década de 1990, a Índia passou a adotar a política “Olhar para o Leste” (“Look East”), mais cooperativa, o que transformou sua percepção entre as potências regionais. Com o tempo, os vizinhos da Índia começaram a ver o país mais como um parceiro do que como uma ameaça.31 A Índia começou a se concentrar em parcerias econômicas como veículo para a diplomacia. Com o crescimento dessas relações, a Índia buscou segurança formando coalizões regionais.32 “Olhar para o Leste” tornou-se “Agir para o Leste” (“Act East”), que buscava aumentar a diplomacia econômica. Um componente das coalizões da política “Agir para o Leste” é o combate à ameaça econômica e militar da China. Como resultado dessas parcerias econômicas, a economia indiana melhorou.
A Índia agora busca o reconhecimento como uma potência nuclear responsável e um assento no Grupo de Supridores Nucleares, o que exigirá considerável apoio diplomático dos EUA.33 Os EUA adotaram medidas para apoiar a aquisição de energia nuclear pela Índia.34 Essas ações poderiam proporcionar aos EUA uma vantagem significativa no curto prazo.
Um dos desafios da diplomacia na competição com a China é a legitimidade. Para se envolver efetivamente na diplomacia com a Índia, é importante compreender sua história e identidade únicas. A rica história da Índia antecede à da China e inclui a antiga civilização harapeana, o Império Máuria e o Império Mogul, entre outros.35 Essa história embasa as reivindicações da Índia em relação a questões territoriais e ao uso dos mares no teatro de operações do USINDOPACOM.
O segundo desafio para a diplomacia na competição contra a China são as disputas territoriais em terra e nas vias marítimas. Estabelecer a legitimidade do uso da terra e do mar e das reivindicações territoriais é uma prioridade máxima no teatro de operações do USINDOPACOM. A Índia reivindicou as terras de Jamu e Caxemira, desencadeando uma guerra com o Paquistão. Essas terras continuam sendo disputadas, com a China envolvida como um terceiro pretendente à Caxemira.36 Além disso, a Guerra Sino-Indiana foi desencadeada por uma disputa territorial.37
A invasão do Tibete pela China para anexar território e suas incursões na Caxemira para construir uma estrada aumentaram as tensões territoriais. Em 2017, a China aumentou ainda mais as tensões ao construir uma estrada no planalto de Doklam, no Himalaia, no território soberano do Butão, próximo à fronteira com a Índia. Os chineses usaram esse fato como uma oportunidade caracterizar os indianos como opressores da política externa do Butão.38
A Índia também disputa com a China os corredores de circulação marítima na região do Indo-Pacífico. A China iniciou suas atividades no Sri Lanka fornecendo embarcações navais para o país, o que coincidiu com o acordo naval sino-paquistanês e a venda de embarcações navais chinesas para Bangladesh.39 Em 2010, a China emprestou ao Sri Lanka uma quantia exorbitante de dinheiro para a construção de um porto com tráfego insuficiente para justificar o empréstimo. Em 2019, a China executou uma cláusula de empréstimo que lhe permitia confiscar o porto quando o Sri Lanka não efetuasse os pagamentos.40 O Estreito de Malaca também é um ponto de atrito com a China. A Índia movimenta 50% de seu comércio e 70% de seu petróleo através do Estreito de Malaca.41 A atividade militar da China no estreito ameaça não apenas a Marinha da Índia, mas também sua economia.
As disputas territoriais e as vias marítimas são pontos de atrito significativos no teatro de operações do USINDOPACOM. Se a Índia recuar diante da agressão da China, corre o risco de ceder-lhe território ou acesso às rotas marítimas. Por outro lado, atacar a China lhe daria uma justificativa para atacar a Índia. As Forças Armadas indianas ainda não estão preparadas para enfrentar uma ameaça significativa. Ajudar a Índia a equipar suas forças armadas oferece uma oportunidade para que os EUA e suas forças controlem as provocações da China.
As atuais alianças entre os EUA, a Índia e outras nações podem tanto apresentar oportunidades quanto complicações para qualquer parceria indo-estadunidense futura. A Índia e os EUA mantêm relações semelhantes com a China, mas com diferenças sutis. Embora os EUA sejam um parceiro e competidor comercial da China e, em menor escala, da Índia, também competem com a China em assuntos de diplomacia, informação e forças armadas. Para a Índia, os EUA são seu maior parceiro comercial (a China é o segundo) e compete principalmente com a China em questões de diplomacia, informação e forças armadas (incluindo disputas territoriais ao longo da fronteira com a China).42
Conforme dito anteriormente, a Índia está cada vez mais competitiva nas áreas da cultura, inovação, tecnologia, economia e diplomacia. É importante considerar que uma parceria indo-estadunidense formada para competir com a China não precisa ser de confrontação. A NSS deixa bem claro que os EUA irão colaborar com qualquer nação que compartilhe seu objetivo de um mundo livre, aberto, seguro e próspero, regido por normas.43
É certo que a influência combinada de uma parceria indo-estadunidense seria mais significativa para ambos os países na competição entre grandes potências em relação à China. Entretanto, com relação à China, a Índia e os EUA poderiam ser, um para o outro, a melhor alternativa para um acordo negociado, em vez de se envolverem com a China de forma independente. O uso mais agressivo do poder nacional pela China e o declínio do poder global dos EUA destacam a necessidade de uma parceria com a Índia e, ao mesmo tempo, impedem que os EUA ditem a política externa da Índia.
O envolvimento com a Rússia. A parceria longeva da Índia com a Rússia, iniciada durante a Guerra Fria, é algo importante a considerar. Naquela época, o Partido Comunista Indiano, partido de oposição na Índia, mantinha fortes laços com a Rússia, e o governo indiano havia se alinhado com a Rússia e adotado internamente algumas políticas socialistas. Ao mesmo tempo, os EUA forneceram equipamentos militares ao Paquistão, que foram usados contra a Índia. Como resultado, a Índia se tornou o maior cliente de armas militares russas, muitas das quais ainda são usadas pelas Forças Armadas indianas até hoje.
O relacionamento de longa data entre a Índia e a Rússia só complica a parceria indo-estadunidense, se acreditarmos que os EUA têm o direito de impor sua política externa a seus parceiros. Talvez seja o momento de os EUA participarem de parcerias mais equitativas e voluntárias, em vez de coalizões de coagidos. Da mesma forma, a Índia poderia questionar o relacionamento dos EUA com o Paquistão. Essa lógica também se aplica ao relacionamento da Rússia com o Paquistão e da Índia com o Irã. A Índia mantém relações comerciais com o Estado pária do Irã e mantém embaixada nesse país. Isso confere à Índia acesso aos canais diplomáticos iranianos e a qualquer parceiro estratégico um acesso indireto às negociações. Os EUA podem encontrar possíveis benefícios ao mudar o paradigma e reavaliar o relacionamento indo-russo. Considere que, talvez, o envolvimento da Rússia com a Índia possa estar reduzindo o potencial de intervenção da Rússia em nome da China.
Os EUA não perderam sua superioridade moral ao evitar formações de alianças dicotômicas. Isso também pode estar implícito na intervenção em conflitos internos, como o atrito entre as populações hindu, muçulmana e sikh na Índia ou as contínuas disputas de fronteira com outras nações (por exemplo, o Paquistão). Com os recentes erros da Rússia em nível internacional, a Índia pode substituí-la como a terceira superpotência em uma nova Guerra Fria. Além disso, como os EUA e a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma aliança com a Índia pode fazer com que o país se torne um membro do Conselho de Segurança. Ter uma nação democrática com a mesma mentalidade no Conselho de Segurança pode ser um resultado positivo.
Conclusão
A parceria entre a Índia e os EUA é uma oportunidade importante devido à sua compatibilidade como parceiros, à chance de que uma potência em declínio se congrace com uma potência emergente e à comunhão de objetivos.
As semelhanças culturais e o objetivo comum fazem com que uma parceria igualitária e voluntária com a Índia seja uma escolha lógica. A política externa indiana está alinhada com a dos EUA e de outros parceiros estratégicos estadunidenses. O intercâmbio cultural entre os EUA e a Índia tem sido bidirecional, com a cultura indiana influenciando os EUA e vice-versa. Além dos valores compartilhados, a Índia e os EUA têm sistemas políticos e econômicos semelhantes; ambos têm sistemas políticos híbridos e democráticos liberais clássicos que promovem as liberdades individuais e a igualdade.
A Índia é uma potência global emergente que, recentemente, ultrapassou a China em termos de população total e, em breve, poderá ultrapassá-la em termos de inovação com a ajuda dos EUA. A taxa de crescimento da Índia, de 1,02%, é mais do que o dobro da taxa de crescimento da China, de 0,42%. A projeção é de que a população da China diminua significativamente até 2030. A Índia tem demonstrado respeito pela PI e vem despontando como um centro de inovação. O compartilhamento da inovação dá aos EUA a oportunidade de se congraçar com a Índia ao contribuir para sua ascensão.
Um investimento precoce dos EUA na economia emergente indiana, ainda longe do seu potencial e pronta para competir globalmente, aumentaria o acesso à produção e à inovação. Uma parceria entre os EUA e a Índia seria financeiramente viável e sustentável para ambas as nações. A diplomacia com a Índia é fundamental para equilibrar a influência da China na região do Indo-Pacífico. Quanto às relações indo-russas, talvez seja hora de os EUA respeitarem os direitos de um parceiro de forjar seus próprios relacionamentos.
Este artigo apresenta considerações práticas e históricas sobre como itens de plano de ação podem ser implementados em relação à Índia. A mais recente Estratégia para o Indo-Pacífico (Indo-Pacific Strategy) delineia um plano de ação composto por dez linhas de esforço, das quais mais da metade foi abordada direta ou indiretamente neste documento.44 Esse documento reconhece os conceitos fundamentais da dissuasão integrada e da ação coletiva. O plano de ação e esses conceitos se beneficiarão de uma parceria ainda mais estreita com a Índia.
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O Maj Patrick O’Brien Boling, Ph.D., da Guarda Nacional do Estado de Louisiana, é aluno do Defense Strategy Course e recém-formado pelo Command and General Staff College. É oficial adjunto de planejamento J-7 para a Guarda Nacional de Louisiana. Tem mestrado pela Louisiana Tech University, pela University of Phoenix e doutorado pela Capella University. Durante sua carreira, serviu em diversas funções no Exército e na Guarda Nacional como oficial de artilharia de campanha e oficial de infantaria, nas áreas funcionais de operações e operações de informação.
Paul Sanders, Ph.D., da reserva remunerada do Exército dos EUA, é instrutor do Curso de Operações Avançadas do Departamento de Educação à distância em Fort Leavenworth, Kansas. Tem mestrado pela Chapman University e doutorado pela Northcentral University, no estado da Califórnia. Durante sua carreira militar, serviu em várias missões como oficial de logística e, no início de sua carreira, como engenheiro das Forças Especiais com o 1o Grupo de Forças Especiais (Aeroterrestre).
Produtos da Army University Press pertinentes ao USINDOPACOM e à Coreia
Military Review
A Military Review é uma revista tradicional da AUP com um arquivo de artigos publicados que remonta a mais de cem anos. Para os leitores não familiarizados com a origem e a história da China comunista desde seu início até os dias atuais, a Military Review reuniu uma coleção de artigos selecionados de seus próprios arquivos, bem como obras extraídas de outras fontes, no seguinte site:
https://www.armyupress.army.mil/Journals/Military-Review/Special-Topics/World-Hot-Spots//China/
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