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DePuY 2019 Contest Winner

As Dimensões Geoeconômicas das Empresas Militares e de Segurança Privadas da Rússia

Maj Thomas D. Arnold, Exército dos EUA

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Primeiro Colocado no Concurso de Artigos DePuy de 2019

Acredito que essas empresas são uma forma de implementar os interesses nacionais sem o envolvimento direto do Estado […] Creio que poderíamos considerar essa opção.

—Presidente Vladimir Putin


A vitória desproporcional das Forças Armadas dos Estados Unidos da América (EUA) sobre os “mercenários” russos e forças pró-regime perto de Deir Ezzor, na Síria, em fevereiro de 2018, chamou a atenção do público para as empresas militares e de segurança privadas (EMSP, ou PMSC, na sigla em inglês) da Rússia1. O posterior assassinato de jornalistas russos que investigavam o Grupo ChVK Wagner — mais notória EMSP daquele país — na República Centro-Africana naquele mesmo ano só intensificou a aura de mistério que envolve essas empresas2. Embora esses acontecimentos tenham aumentado a consciência sobre o Grupo Wagner, eles acabaram voltando a maior parte da análise sobre o setor de EMSP russo para uma perspectiva de guerra híbrida, ou “não linear”, desprovida de contexto histórico e econômico3.

As EMSP russas desempenham, sem dúvida, um papel no conceito em evolução sobre guerra não linear de Moscou, mas têm, além disso, uma utilidade geopolítica e econômica — geoeconômica — que a Rússia está explorando atualmente4. Para os fins deste artigo, entende-se por geoeconomia “o uso de instrumentos econômicos para promover e defender os interesses nacionais e produzir resultados benéficos”5. Se olharmos além do incidente em Deir Ezzor, o papel geoeconômico das EMSP na política externa do Kremlin se torna evidente. A Rússia utiliza as EMSP para ampliar sua influência no exterior por meio do apoio a governos soberanos de Estados frágeis, essencialmente provendo segurança em troca de acesso e concessões6. Dentro e fora do campo de batalha, as EMSP russas também obtêm investimentos vitais em ambientes onde há “vazios” de segurança, trabalhando para companhias privadas e estatais, a fim de apoiar objetivos mais amplos da política externa7. Apesar de alguns problemas notórios, as EMSP modernas têm servido bem ao Kremlin, passando, rapidamente, do conceito à realidade. É importante que oficiais das Forças Armadas e formuladores de políticas tenham um entendimento holístico das EMSP russas, porque elas se tornarão um componente cada vez mais fundamental da política externa do Kremlin, conforme evidenciado por uma análise histórica e atividades em curso.

Este artigo explora as dimensões geoeconômicas do setor de EMSP russo. Começa com o desenvolvimento de um modelo analítico baseado em teorias acadêmicas anteriores, a fim de facilitar a análise comparativa das EMSP. Apresenta, então, um estudo de caso histórico para ressaltar as semelhanças e diferenças entre as antigas EMSP e suas atuais equivalentes russas. Em seguida, oferece um breve histórico do setor de EMSP russo, antes de traçar paralelos entre a política externa soviética e as atividades atuais. Por fim, o artigo examina as implicações das EMSP russas para a política externa e estratégia militar norte-americana.

Integrantes do Grupo Wagner posam para uma foto por volta de 2018 na Síria. Ao longo da última década, muitas publicações descreveram a ascensão de empresas de segurança privadas russas como o Grupo Wagner, que se tornaram importantes instrumentos para a consecução dos objetivos da política externa russa por meio da coerção militar sem a possibilidade de atribuir responsabilidade, oficialmente, ao governo russo. Essas empresas oferecem uma variedade de serviços, incluindo proteção de VIPs e treinamento militar, bem como a execução de operações de combate. Hoje, elas atuam em diversos locais em todo o mundo, mais notadamente na Ucrânia, Síria, Venezuela, Líbia e vários outros países na África e no Oriente Médio. (Foto cedida pelo Serviço de Segurança da Ucrânia)

Modelo Analítico

Os pesquisadores mostraram interesse no setor de EMSP pela primeira vez em meados dos anos 90, depois que a Executive Outcomes — uma EMSP sul-africana descrita em detalhes adiante — ganhou notoriedade por causa de uma série de campanhas decisivas para pôr termo às longas guerras civis em Angola e Serra Leoa8. Da mesma forma que o Grupo Wagner atualmente, a Executive Outcomes captou a imaginação do público imediatamente, gerando especulação sobre o futuro da dinâmica de poder mundial9. Apesar da repercussão de suas ações na imprensa, a Executive Outcomes e o Grupo Wagner continuam sendo casos atípicos10. Com a maior parte da atenção voltada para o extremo das possibilidades, cabe lembrar que o setor oferece uma gama de serviços, cuja maioria se encontra em um ponto muito abaixo da manobra de armas combinadas11. Um sistema de classificação baseado nas atividades observadas e no controle formal do “Estado cliente” sobre as operações contratadas é essencial para a comparação de diferentes empresas ao longo do tempo e contextos operacionais, a fim de formar um quadro mais fiel dos atores individuais e tendências gerais do setor.

As pesquisas sobre as EMSP podem ser enquadradas em três períodos principais: (1) de 1998 a 2003, as pesquisas se concentraram em descrever o setor e determinar seu papel nos assuntos globais; (2) de 2004 a 2009, as pesquisas se voltaram para as atividades de contratação norte-americanas no Afeganistão e no Iraque; e (3) de 2010 em diante, os acadêmicos têm analisado experiências pessoais de terceirizados12. Para os indivíduos que estejam estudando as EMSP russas, os trabalhos iniciais focados na análise do setor e na classificação das empresas continuam sendo os mais úteis. Em 2001, P. W. Singer introduziu uma tipologia baseada nos serviços prestados e níveis de força empregados13. Sua tipologia identifica três categorias de EMSP: firmas de apoio militar, que oferecem suporte logístico (sustentação); firmas de consultoria militar, que oferecem serviços de assessoria e treinamento; e prestadoras de serviços militares, contratadas para empregar a força letal14. A obra de Singer permanece sendo um dos estudos mais influentes sobre o setor. Entretanto, sua tipologia tem seus críticos15.

Tabela 1. Tipologia Modificada (Tabela do autor)

De uma perspectiva militar, ela contém uma falha crítica: não distingue entre a força letal contratada para fins defensivos ou ofensivos. Para um público militar, essa distinção é fundamental, porque a tarefa e a finalidade do contrato determinam tudo, do pessoal e equipamentos às táticas, técnicas e procedimentos. A simples divisão das prestadoras de serviços militares de Singer em duas novas categorias — empresa de segurança privada (fim defensivo) e empresa militar privada (fim ofensivo) — aumenta a utilidade de sua tipologia básica sem complicar muito a análise16. A tabela 1 apresenta uma versão modificada da tipologia de “ponta da lança” de Singer, focada na finalidade principal, atividades observadas e capacidade de empregar a força letal.

Outra forma de caracterizar as EMSP é considerar as capacidades letais de uma empresa em relação ao grau de controle tático que as Forças Armadas de um Estado cliente exercem sobre suas operações. As atuais zonas de conflito abrigam uma multiplicidade de atores privados em busca de objetivos diversos, mas algumas EMSP promovem os interesses do seu cliente mediante o emprego da força militar letal fora de uma hierarquia de comando e controle militar formal. A figura 1 apresenta um modelo analítico que utiliza a versão modificada da tipologia de Singer para classificar as EMSP com base nas capacidades militares observadas ao longo do eixo x. O eixo y mostra uma estimativa da integração de uma EMSP na rede de comando e controle militar formal de um Estado cliente.

O método de análise preferencial deve consistir na avaliação das EMSP com base em atividades observadas e controle estatal, considerando, ainda, o contexto operacional17. A observação e o contexto são essenciais porque é improvável que se possa realizar uma análise de contratos, especialmente ao estudar EMSP russas que possam ou não estar atuando sob as ordens do Kremlin18. Os serviços de uma EMSP russa podem variar segundo o contrato e, por isso, catalogar as atividades com base no tempo e localização é a melhor forma de determinar a relativa independência de uma empresa com respeito a Moscou em um dado momento. Cabe observar que uma EMSP pode se enquadrar em uma categoria em uma determinada situação e pertencer a uma outra em um contexto diferente. Ou seja, só porque o Grupo Wagner é classificado como uma empresa militar privada na Síria não significa, necessariamente, que ele terá o mesmo papel no Sudão19. A ampliação da tipologia de EMSP de Singer constante do modelo ora apresentado pode ajudar os oficiais das Forças Armadas e formuladores de políticas a captar os detalhes relevantes necessários para apoiar debates rigorosos sobre políticas e estratégias. Por fim, um modelo analítico geralmente aceito facilita a análise comparativa das atuais EMSP às suas homólogas e precursoras.

Figura 1. Modelo Analítico (Figura do autor)

A Executive Outcomes: Um Estudo de Caso

A empresa Executive Outcomes (1989-1999) é lendária no campo de pesquisas sobre EMSP. Polêmica mesmo 20 anos depois de encerradas suas atividades, a notoriedade da Executive Outcomes decorre de suas motivações financeiras, obscuras conexões empresariais e êxitos no campo de batalha. Durante seu auge, a Executive Outcomes foi comparada, seriamente, à Companhia Britânica das Índias Orientais e promovida como o “único exército privado incorporado de mercenários na Terra que […] travará uma guerra em larga escala em nome de seu cliente”20. Apesar de ser um tema já bastante explorado na literatura, vale abordar mais uma vez a Executive Outcomes para comparar as atuais EMSP russas à sua antecessora mais estudada. Apresenta-se, a seguir, um breve estudo de caso, evitando-se os detalhes táticos das campanhas da empresa em Angola (1993-1996) e Serra Leoa (1995-1997). Para uma leitura mais aprofundada sobre a Executive Outcomes, recomenda-se consultar as fontes citadas. O texto em itálico destaca os temas principais que convergem com o que se sabe sobre as EMSP russas da atualidade.

A Executive Outcomes foi estabelecida em 1989, logo antes de o aparato de segurança sul-africano dar início a seu processo pós-apartheid de “desarmamento, desmobilização, reabilitação e reintegração (DDRR)”21. Esse processo gerou uma grande reserva de pessoal treinado com poucas oportunidades de emprego22. Apesar da abundância de potenciais recrutas, a Executive Outcomes ofereceu um pacote de remuneração relativamente generoso e candidatos cuidadosamente selecionados, frequentemente contratando ex-agentes de inteligência e das forças especiais23. Para manter os custos baixos, a Executive Outcomes contava com um pequeno quadro de pessoal permanente, criando equipes especialmente formadas para cada contrato24. Embora a sede da empresa estivesse em Pretória, na África do Sul, sua estrutura e conexões empresariais exatas permaneceram obscuras25. Apesar disso, fica claro que as operações da Executive Outcomes estavam ligadas à obtenção de recursos naturais em Estados frágeis26. Além dos fatores internos citados anteriormente, diversos fatores externos contribuíram para a ascensão da Executive Outcomes. Primeiro, a retirada de tropas da África após a Guerra Fria criou persistentes “vazios” de segurança em muitas regiões, forçando Estados frágeis a buscar novos parceiros nesse campo27. Segundo, as zonas de conflito frequentemente coincidiam com importantes reservas de recursos naturais, criando oportunidades para soluções de segurança empresariais28. Terceiro, a inércia coletiva da comunidade internacional acelerou a privatização da segurança em Estados frágeis29. Por último, a Executive Outcomes baseou sua credibilidade em sua prestação de serviços a governos legítimos, ou soberanos, ao contrário da tradição mercenária de apoiar golpes30. Apesar de as pesquisas sobre as atividades da Executive Outcomes se concentrarem na África, as operações da empresa não se limitavam a uma única região — ela foi um fenômeno global31.

Operacionalmente, a Executive Outcomes funcionava como uma contratada principal para Estados frágeis, mas ela também terceirizava seus serviços, subcontratando parceiros comerciais32. Seus folhetos anunciavam serviços que incluíam desde o treinamento básico até a guerra blindada33. A lista de atividades identificadas da Executive Outcomes a colocam em um extremo do espectro das EMSP, classificando-a como uma verdadeira empresa militar privada e um caso claramente atípico. As atividades observadas da empresa continuam sendo surpreendentes até hoje: manobra de armas combinadas, guerra psicológica, defesa interna no exterior, assistência humanitária e operações de estabilização34. Além de suas operações conhecidas, a Executive Outcomes também pode ter oferecido, discretamente, serviços altamente especializados (ex.: segurança de um regime contra golpes e resgate de reféns)35. Sua principal vantagem eram as capacidades de inteligência humana e de sinais, que lhe permitiam manter uma presença pequena, conduzir operações seletivas e derrotar inimigos com superioridade numérica36. Após alcançar seus objetivos, a Executive Outcomes podia manter ou transferir o controle para outras empresas de segurança privadas com menores capacidades, mas filiadas a ela37. No final das contas, a empresa acabou sendo vítima de seu próprio sucesso. Sua maior notoriedade gerou pressão diplomática norte-americana e internacional sobre os regimes clientes, assim como maior supervisão e regulamentação legal em âmbito nacional38. A combinação da pressão internacional e escrutínio levou à dissolução da Executive Outcomes em 1999, mas há vestígios da empresa até hoje.

Embora esse estudo de caso identifique temas comuns entre a Executive Outcomes e as EMSP russas da atualidade, faz-se necessário, também, destacar as duas áreas de divergência mais significativas. Primeiro, a empresa operava em prol de seus proprietários, com o propósito de gerar lucro. Embora esse também seja um objetivo das EMSP russas, algumas delas — muitas, talvez — recebem ordens do Kremlin, para promover os interesses geopolíticos do Estado, independentemente do lucro39. Essas empresas precisam ser identificadas e monitoradas para que se possa entender melhor as intenções do Kremlin e a dinâmica interna da relação patrão-cliente. Segundo, a Executive Outcomes foi dissolvida por causa da pressão internacional e maior regulamentação em âmbito nacional. As EMSP russas atuam em uma zona cinza jurídica e parecem ser apenas um dos diferentes métodos utilizados por Moscou para contornar a pressão diplomática e as sanções internacionais40. Por serem um componente duradouro da política externa da Rússia, identificar, monitorar e expor todas as suas EMSP — não só o Grupo Wagner — é essencial para combater a influência nociva do país. A tabela 2 mostra as EMSP russas conhecidas e suspeitas41.

Tabela 2. Lista de Empresas Militares e de Segurança Privadas Conhecidas e Suspeitas (Tabela do autor)

Um Breve Histórico das Empresas Militares e de Segurança Privadas da Rússia

Manchetes recentes sobre o Grupo Wagner fizeram com que as EMSP russas parecessem ser um fenômeno contemporâneo ligado, principalmente, à guerra não linear42. Ainda que as EMSP tenham desempenhado um papel de apoio na Ucrânia e na Síria, a história das EMSP russas modernas é mais profunda que as “operações de zona cinza” da atualidade. A dependência do Kremlin em relação às EMSP precede a anexação da Crimeia em várias décadas, abarcando a completa gama de serviços concebíveis, desde o emprego de “voluntários” como infantaria de choque até a suposta locação de uma força aérea inteira para operações de combate43. Um entendimento geral sobre a evolução do setor de EMSP russo é necessário para que se possa compreender melhor seu apoio à política externa russa — ontem, hoje e no futuro.

Após o colapso da União Soviética, algumas EMSP russas passaram para a economia privada, com a maioria delas funcionando exclusivamente como empresas de segurança privadas. Criadas por ex-agentes da KGB e oficiais das Forças Armadas, esses “corsários” buscaram tirar proveito de suas experiências anteriores e contatos de negócios, estabelecidos durante missões clandestinas e ostensivas na Guerra Fria44. Originalmente, ofereceram seus serviços em âmbito mundial, mas rapidamente se concentraram na África e na Ásia Central, voltando seu foco para operações de segurança em apoio a vários clientes empresariais e governamentais45. Poucas, se é que havia alguma, das primeiras EMSP russas estavam diretamente filiadas ao Kremlin ou sob seu controle.

Embora as primeiras EMSP russas servissem, de modo geral, a interesses empresariais, os serviços de inteligência russos logo enxergaram seu potencial para complementar forças militares nos Bálcãs, Cáucaso e Ásia Central. Já em 1992, o Serviço de Segurança Federal ajudou a organizar a Rubicon — ao que consta, uma das primeiras empresas militares privadas russas — para combater ao lado dos sérvios na Bósnia46. Logo depois, surgiram relatos de que os mercenários russos estavam lutando contra rebeldes pró-democracia no Tadjiquistão47. Além disso, a Rússia, supostamente, utilizou as EMSP para manter os conflitos “congelados” nas regiões de Transnístria e Nagorno-Karabakh durante os anos 90, enquanto seus soldados da ativa atuavam como mantenedores da paz48. As reportagens internacionais sobre as EMSP russas diminuíram logo após o 11 de Setembro, mas, claramente, não desapareceram.

No início, as EMSP russas estavam focadas em dois objetivos separados: prestar serviços a clientes estrangeiros em busca do lucro, de modo independente do governo russo, ou manter a influência russa no “exterior próximo”, em conformidade com as instruções do Kremlin. Na última década, Moscou rapidamente fundiu esses dois objetivos distintos, voltando-se para Estados frágeis além da esfera tradicional de influência da Rússia. A convergência desses objetivos provavelmente coincide com a hibridização cada vez maior de negócios russos e a contínua evolução de seu conceito de “economia de poder”. Como uma visão distorcida do soft power (ou poder persuasivo), a economia de poder considera as EMSP como ferramentas geoeconômicas para atender aos interesses nacionais russos em Estados frágeis49. Como um serviço não coercitivo oferecido a regimes soberanos (a legitimidade é uma outra questão), as EMSP russas aumentam a influência e o acesso de Moscou no exterior ao, simultaneamente, escorar Estados frágeis e proteger os investimentos econômicos russos50. Importantes exemplos em que as EMSP russas reforçaram regimes para obter e proteger concessões econômicas para o Kremlin são a Síria (petróleo e gás natural), o Sudão (ouro), a República Centro-Africana (ouro, urânio e diamantes) e a Venezuela (petróleo, ouro e comércio de armas)51.

A evolução histórica das EMSP como ferramentas geoeconômicas russas continua a ser um projeto de pesquisa aberto. Uma avaliação geral da evolução do setor na teoria e na prática fornece um contexto valioso para os atuais analistas. Os oficiais militares e formuladores de políticas precisam entender que, no passado, as EMSP russas operavam de maneira independente do controle do Kremlin e que muitas ainda atuam assim. Embora algumas EMSP russas sejam relativamente inofensivas, outras são ativamente empregadas — e controladas — por Moscou, com o objetivo de promover os interesses nocivos da Rússia no exterior. Entender que ambos os tipos de empresa podem coexistir é fundamental para enfrentar as manobras geoeconômicas russas em Estados frágeis.

Agentes da empresa Sewa, um serviço de segurança privado russo, protegem o Presidente Faustin-Archange Touadéra, da República Centro-Africana, no Palácio de Berengo, 4 Ago 2018. Consultores militares privados russos também fornecem treinamento para as Forças Armadas da República Centro-Africana. As empresas de segurança privadas russas também oferecem serviços semelhantes a muitos países em toda a África, especialmente àqueles com o potencial para fechar acordos sobre desenvolvimento econômico de recursos e comércio com a Rússia. (Foto de Florent Vergnes, Agence France-Presse)

Paralelos com a Política Externa Soviética

Embora esteja longe de ser a União Soviética, a Rússia contemporânea herdou o legado intelectual da política externa soviética e suas realidades geopolíticas, notadamente um fraco desempenho econômico e relações tensas com o Ocidente52. Analisar o passado soviético da Rússia pode ser esclarecedor, particularmente quando se exploram estratégias que ela poderia empregar para perseguir seus interesses no exterior sem provocar um confronto direto com o Ocidente. Sob a liderança de Leonid Brezhnev (1964-1982), a União Soviética conjugou a assistência militar com investimentos de longo prazo em países em desenvolvimento para obter recursos estratégicos de maneira semelhante às manobras geoeconômicas da Rússia atualmente. Entender os paralelos entre o passado e o presente da Rússia é importante para os analistas que estejam estudando o papel que as EMSP provavelmente desempenharão na política externa do Kremlin futuramente.

Houve quatro períodos principais da política externa soviética em relação ao mundo em desenvolvimento entre 1953 e 1991:

  • Sob Nikita Khrushchev, a assistência econômica ultrapassou a ajuda militar, com o envio de ambas para nações alinhadas ideologicamente à União Soviética.
  • De meados dos anos 60 ao início dos anos 70, a ajuda militar se tornou a característica predominante da assistência soviética sob Brezhnev. Contudo, a ajuda financeira direta foi substituída por investimentos econômicos em projetos de longo prazo em países relativamente estáveis, não necessariamente alinhados com a ideologia soviética.
  • Em meados dos anos 70, Brezhnev ajustou o curso mais uma vez, concentrando-se quase exclusivamente na ajuda militar para ampliar a influência política no exterior.
  • Sob Mikhail Gorbachev, os soviéticos combinaram recursos econômicos e limitaram a ajuda militar, em uma tentativa de impedir o colapso iminente da economia soviética53.

Os analistas frequentemente comparam a situação e políticas econômicas internas de Vladimir Putin às de Brezhnev, mas também há claras diferenças entre suas políticas externas54. Ao se ver diante de uma economia em crise ao assumir o cargo, Brezhnev retirou a assistência econômica de nações ideologicamente alinhadas, passando para o investimento direto em projetos de longo prazo em países em desenvolvimento, mas relativamente estáveis55. Esses projetos eram quase exclusivamente focados na extração mineral e de hidrocarbonetos, com uma produção garantida, que poderia substituir o pagamento em dinheiro em épocas de vacas magras56. O fluxo de caixa e a estabilidade foram os principais fatores determinantes da ajuda soviética sob Brezhnev, sendo a ajuda militar menos focalizada e mais dependente da situação57.

Figura 2. Relações da Rússia com Países Africanos (Figura republicada com a autorização da Stratfor, firma líder em inteligência e assessoria geopolítica global. Figura encontrada originalmente em https://worldview.stratfor.com/article/russia-putin-diplomacy-africa-great-power)

Para o Kremlin atualmente, prover estabilidade para obter fluxo de caixa e recursos estratégicos é essencial. Conforme discutido anteriormente, a Rússia efetivamente presta serviços de EMSP em troca de acesso e concessões econômicas em Estados frágeis dotados de recursos naturais. A figura 2 mostra os relacionamentos prioritários da Rússia no continente africano. Embora os contratos para essas concessões não estejam disponíveis ao público, pode-se presumir que Moscou esteja buscando investimentos de longo prazo semelhantes às preferências de Brezhnev. Além disso, embora Putin mostre as mesmas tendências autocráticas que muitos dos regimes apoiados por Moscou, as decisões relativas a investimentos não são determinadas com base em ideologia. Ao contrário, têm como foco promover os poucos setores competitivos que sobraram na economia russa: armas, energia (nuclear e petróleo) e extração mineral58. O paralelo final entre a política externa soviética e a contemporânea se refere à assistência técnica e assessoria militar. Na época soviética, “assessor” era um eufemismo para soldados da ativa ou agentes de inteligência que trabalhavam para Moscou no exterior59. Hoje em dia, as Forças Armadas ainda desempenham esse papel. Entretanto, são cada vez mais reforçadas por EMSP, que fornecem “voluntários” ou “instrutores” em Estados frágeis60.

Apesar de separadas por 50 anos, as realidades geopolíticas enfrentadas pela União Soviética e pela Rússia contemporânea são extraordinariamente semelhantes. Circunstâncias conhecidas levaram o Kremlin a empregar métodos semelhantes. Contudo, as ferramentas de Moscou parecem mais sutis em 2019 que em 1969. Em consequência, os oficiais militares e formuladores de políticas ocidentais devem levar em conta o fato de que as EMSP russas continuarão a ser uma ferramenta geoeconômica duradoura da política externa russa, porque é improvável que a situação geopolítica daquele país — econômica e diplomática — mude no futuro próximo.

Implicações

Este artigo explorou as dimensões geoeconômicas do setor de EMSP russo contemporâneo por meio da análise comparativa e histórica. Ao concentrar-se nas semelhanças em relação a condições, operações e políticas anteriores, este artigo ressaltou por que as EMSP provavelmente continuarão a ser uma característica duradoura da política externa russa fora do campo de batalha. Moscou continuará a empregar EMSP em zonas de guerra, mas sua verdadeira utilidade se encontra em Estados frágeis dotados de recursos naturais e em via de colapso — no momento em que seus ativos estiverem sob maior risco e sujeitos a grande desvalorização. É importante que oficiais das Forças Armadas e formuladores de políticas entendam como, por que e quando o Kremlin utilizará as EMSP, uma vez que a força conjunta dos EUA está voltada para apoiar as atividades do governo norte-americano na competição entre Estados, que ocorre abaixo do limiar do conflito armado61.

Como a Rússia busca evitar o confronto militar direto com o Ocidente, ela continuará a enviar EMSP a locais com “vazios” de segurança e a espalhar sua influência nociva ao reforçar regimes detestáveis em benefício econômico próprio. As comunidades militar e de inteligência dos EUA, em coordenação com aliados e parceiros, precisam trabalhar juntas para identificar, monitorar e expor as EMSP e atividades russas que sejam prejudiciais aos interesses nacionais comuns. É somente com a conscientização e exposição que os EUA, seus aliados e parceiros poderão fazer valer suas próprias ferramentas geoeconômicas e de segurança, para combater as atividades nocivas das EMSP.

Anteriormente, a pressão diplomática e econômica indireta foi suficiente para dissolver a Executive Outcomes. Considerando o patrocínio do Kremlin a certas EMSP, os EUA e seus aliados talvez precisem aumentar as sanções e outras medidas existentes para combater os esforços russos de exploração que envolvam as EMSP. Mais uma vez, as comunidades militar e de inteligência podem ajudar mediante o monitoramento e a aplicação de sanções contra as EMSP russas e atores relacionados. Por fim, pode-se requerer que a força conjunta trate das causas subjacentes da instabilidade por meio de operações de contraterrorismo, assistência humanitária e atividades de cooperação em segurança, a fim de reduzir as oportunidades russas para explorar Estados frágeis dotados com recursos. Uma abordagem abrangente e proativa para prevenir “vazios” de segurança e tratar de suas causas é a melhor forma de fazer com que as EMSP russas deixem de ser rentáveis como empresas e ferramentas de política externa.


Referências

  1. Uma breve explicação sobre por que as “empresas militares e de segurança privadas” (EMSP) são preferíveis consta de Fabien Mathieu e Nick Dearden, “The Threat of Private Military & Security Companies”, Review of African Political Economy 34, no. 114 (Dec. 2007): 744-45, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/20406461. O termo “empresa militar e de segurança privada” é preferível a mercenário e outras variações sobre o tema, como “firma militar privada”, “empresa militar privada”, etc. por refletir mais exatamente a gama completa de serviços que as empresas individuais podem oferecer, e vem se tornando o padrão internacional. O melhor relato ostensivo sobre a batalha por Deir Ezzor consta de Thomas Gibbens-Neff, “How a 4-Hour Battle between Russian Mercenaries and U.S. Commandos Unfolded in Syria”, New York Times (site), 24 May 2018, acesso em 3 mar. 2019, https://www.nytimes.com/2018/05/24/world/middleeast/american-commandos-russian-mercenaries-syria.html.
  2. Andrew Higgins e Ivan Nechepurenko, “In Africa, Murder of Journalists Puts Spotlight on Kremlin’s Reach”, New York Times (site), 7 Aug. 2018, acesso em 3 mar. 2019, https://www.nytimes.com/2018/08/07/world/europe/central-african-republic-russia-murder-journalists-africa-mystery-murders-put-spotlight-on-kremlins-reach.html.
  3. Christopher R. Spearin, “Russia’s Military and Security Privatization”, Parameters 48, no. 2 (Summer 2018): p. 39-49, acesso em 2 fev. 2019, https://ssi.armywarcollege.edu/pubs/Parameters/issues/Summer_2018/7_Spearin.pdf; James Bingham e Konrad Muzyka, “Private Companies Engage in Russia’s Non-linear Warfare”, Jane’s Intelligence Review, 29 Jan. 2018, acesso em 4 fev. 2019, https://www.janes.com/images/assets/018/78018/Private_companies_engage_in_Russias_non-linear_warfare.pdf. Uma exceção à análise de EMSP russas centrada na guerra consta de Anna Maria Dyner, “The Role of Private Military Contractors in Russian Foreign Policy”, Polish Institute of International Affairs Bulletin No. 64 (11135), 4 May 2018, acesso em 1 fev. 2019, https://www.pism.pl/publications/bulletin/no-64-1135.
  4. Sergey Sukhankin, “‘Continuing War by Other Means’: The Case of Wagner, Russia’s Premier Private Military Company in the Middle East”, The Jamestown Foundation, 13 Jul. 2018, acesso em 4 mar. 2019, https://jamestown.org/program/continuing-war-by-other-means-the-case-of-wagner-russias-premier-private-military-company-in-the-middle-east/.
  5. Robert D. Blackwill e Jennifer M. Harris, War by Other Means: Geoeconomics and Statecraft (Cambridge, MA: Belknap Press of Harvard University Press, 2016), p. 20. Para ler sobre uma perspectiva militar-acadêmica em relação à geoeconomia, veja John F. Troxell, “Geoeconomics”, Military Review 98, no. 1 ( January-February 2018): p. 4-22.
  6. Para ler sobre os atributos da fragilidade estatal e o ranking completo de Estados frágeis em 2019, veja J. J. Messner et al., Fragile States Index Annual Report 2019 (Washington, DC: Fund for Peace, 2019), acesso em 9 abr. 2019, https://fragilestatesindex.org/wp-content/uploads/2019/03/9511904-fragilestatesindex.pdf. Para os fins deste artigo, Estados frágeis são considerados sinônimos de Estados fracos, em via de fracassar ou fracassados, bem como espaços malgovernados, subgovernados e desgovernados.
  7. Field Manual 3-90-1, Offense and Defense Volume 1 (Washington, DC: U.S. Government Printing Office, March 2013), B-9. Considerando os locais de operação e atividades das EMSP russas, a definição militar padrão de “secure” (no sentido de se apossar e manter) é apropriada. Para ler as reflexões de um acadêmico russo sobre o papel das EMSP em obter investimentos econômicos, veja Pavel A. Shashkin, “Political Aspects of Mercenarism”, Bulletin of the Financial University 5, no. 29 (2017): p. 47-55, acesso em 29 jun. 2019, https://cyberleninka.ru/article/n/politicheskie-aspekty-naemnichestva.
  8. Um relato inicial sobre a Executive Outcomes consta de Howard W. French, “Now for Hire: South Africa’s Out of Work Commandos”, New York Times (site), 24 May 1995, acesso em 8 jan. 2019, https://www. https://www.nytimes.com/1995/05/24/world/now-for-hire-south-africa-s-out-of-work-commandos.html. Vinte anos após sua dissolução, a Executive Outcomes continua a ser extremamente polêmica. Análises sobre sua determinação e eficácia militar em Angola e Serra Leoa constam de Herbert M. Howe, “Private Security Forces and African Stability: The Case of Executive Outcomes”, The Journal of Modern African Studies 36, no. 2 (Jun. 1998), acesso em 8 jan. 2019, https://www.jstor.org/stable/161407; David Shearer, “Out Sourcing War”, Foreign Policy 112 (Autumn 1998): p. 68-81, acesso em 8 jan. 2019, https://www.jstor.org/stable/1149036; Ian D. Jefferies, “Private Military Companies — A Positive Role to Play in Today’s International System”, Connections 1, no. 4 (Dec. 2002): 103-25, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/26322969.
  9. P. W. Singer, Corporate Warriors: The Rise of the Privatized Military Industry (Ithaca, NY: Cornell University Press, 2008), p. 169-90.
  10. Kevin O’Brien, “What Should and Should Not Be Regulated?”, in From Mercenaries to Market: The Rise and Regulation of Private Military Companies, ed. Simon Chesterman e Chia Lehnardt (New York: Oxford University Press, 2007), p. 29-48.
  11. Para obter mais informações sobre a presença do Grupo Wagner e seu uso da manobra de armas combinadas em Palmira, na Síria, veja James Miller, “Putin’s Attack Helicopters and Mercenaries are Winning the War for Assad”, Foreign Policy, 30 Mar. 2016, acesso em 8 jan. 2019, https://foreignpolicy.com/2016/03/30/putins-attack-helicopters-and-mercenaries-are-winning-the-war-forassad/. Para obter informações sobre as instruções da Executive Outcomes de apoiar todas as manobras terrestres com apoio aéreo aproximado, veja Al J. Venter, War Dog: Fighting other People’s Wars (Philadelphia: Casemate, 2006), p. 390-91.
  12. Birthe Anders, “Private Military and Security Companies: A Review Essay”, Parameters 44, no. 2 (Summer 2014): p. 75-80, acesso em 2 fev. 2019, https://ssi.armywarcollege.edu/pubs/parameters/Issues/Summer_2014/10_Anders_Article.pdf.
  13. P. W. Singer, “Corporate Warriors: The Rise of the Privatized Military Industry and its Ramifications for International Security”, International Security 26, no. 3 (Winter 2001-2002): p. 186-220, acesso em 31 jan. 2019, https://www.jstor.org/stable/3092094.
  14. Ibid.; veja, também, Singer, Corporate Warriors, p. 88-100.
  15. Aaron Ettinger, “After the Gold Rush: Corporate Warriors and The Market for Force Revisited”, International Journal 69, no. 4 (Dec. 2014): p. 559-69, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/24709423.
  16. Kevin O’Brien, “License to Kill”, The World Today 59, no. 8/9 (Aug. 2003): p. 37-39, acesso em 8 jan. 2019, https://www.jstor.org/stable/40477069; Sarah V. Percy, “This Gun’s for Hire: A New Look at an Old Issue”, International Journal 58, no. 4 (Autumn 2003): p. 721-36, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/40203894; Sabelo Gumedze, “Regulating the Private Security Sector in South Africa”, Social Justice 34, no. 3/4 (2007-2008): p. 195-207, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/29768471. A transformação da categoria de prestadora de serviços militares de Singer em duas categorias distintas — empresas de segurança privadas e empresas militares privadas — é um tema perene para os analistas que estudam as EMSP.
  17. O’Brien, “License to Kill”, p. 37-39.
  18. Deborah Avant, The Market for Force: The Consequences of Privatizing Security (New York: Cambridge University Press, 2005), p. 17. Essa assertiva é contrária ao método de classificação ideal de Avant, baseado em detalhes contratuais.
  19. Para obter informações sobre uma classificação por atividade e a natureza variada dos serviços oferecidos pelas EMSP, veja O’Brien, “License to Kill”; Avant, The Market for Force, p. 16-22.
  20. David Shearer, “Dial an Army”, The World Today 53, no. 8/9 (Aug. 1997): p. 203, acesso em 8 jan. 2019, https://www.jstor.org/stable/40475967; Elizabeth Rubin, “An Army of One’s Own”, Harper’s Magazine, Feb. 1997, p. 44-55.
  21. Rubin “An Army of One’s Own”; Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 307; Shearer, “Out Sourcing War”, p. 73; Singer, Corporate Warriors, p. 102; Gumedze, “Regulating the Private Security Sector in South Africa”, p. 195; William Reno, “African Weak States and Commercial Alliances”, African Affairs 96, no. 383 (Apr. 1997): p. 176, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/723857.
  22. French, “Now for Hire”; Reno, “African Weak States and Commercial Alliances”, p. 173-74; Jeremy Harding, “The Mercenary Business: ‘Executive Outcomes’”, Review of African Political Economy 24, no. 71 (March 1997): p. 88, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/4006397; “Africa: Mercenary Markets”, Oxford Analytica Daily Brief Service, 4 Oct. 1999.
  23. Rubin, “An Army of One’s Own”; Reno, “African Weak States and Commercial Alliances”, p. 176; French, “Now for Hire”; Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 310-11; Singer, Corporate Warriors, p. 102-3; Kirsten Sellars, “Old Dogs of War Learn New Tricks”, New Statesman, 25 Apr. 1997, p. 24, acesso em 7 maio 2019, https://www.academia.edu/1969180/Kirsten_Sellars_Old_Dogs_of_War_Learn_New_Tricks_New_Statesman_London_25_April_1997_pp._24-25.
  24. Shearer, “Out Sourcing War”, p. 73; Sellars, “Old Dogs of War Learn New Tricks”, p. 24; Singer, “Corporate Warriors”, p. 199; Singer, Corporate Warriors, p. 103.
  25. Rubin, “An Army of One’s Own”; Reno, “African Weak States and Commercial Alliances”, p. 176; Harding, “The Mercenary Business”, p. 88; Shearer, “Dial an Army”, p. 203-4; Singer, Corporate Warriors, p. 104-6; Philip Winslow, “The Business of War: Upmarket Mercenaries Help Regimes in Need”, Maclean’s, 6 Nov. 1995, p. 36; David J. Francis, “Mercenary Intervention in Sierra Leone: Providing National Security or International Exploitation?”, Third World Quarterly 20, no. 2 (April 1999): p. 323, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/3992920; Steven Brayton, “Outsourcing War: Mercenaries and the Privatization of Peacekeeping”, Journal of International Affairs 55, no. 2 (Spring 2002): p. 327, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor/stable/24358173.
  26. Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 311-15; Francis, “Mercenary Intervention in Sierra Leone”, p. 326; Brayton, “Outsourcing War”, p. 312-15; Kevin Whitelaw, “Have Gun, Will Prop up Regime”, U.S. News & World Report 122, 20 Jan. 1997, p. 46; Sinclair Dinnen, “Militaristic Solutions in a Weak State: International Security, Private Contractors, and Political Leadership in Papua New Guinea”, The Contemporary Pacific 11, no. 2 (1999): p. 279-303, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/23717377.
  27. Rubin, “An Army of One’s Own”; Reno, “African Weak States and Commercial Alliances”, p. 168-76; Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 325-26; Francis, “Mercenary Intervention in Sierra Leone”, p. 322; Brayton, “Outsourcing War”, p. 309; Herbert Howe e Aaryn Urell, “African Security in the Post Cold War Era: An Examination of Multinational vs. Private Security Forces”, African Journal of Political Science 3, no. 1 (Jun. 1998): p. 42-43, acesso em 7 maio 2019; https://www.jstor.org/stable/23489913.
  28. Sellars, “Old Dogs of War Learn New Tricks”, p. 15; Francis, “Mercenary Intervention in Sierra Leone”, p. 322; Brayton, “Outsourcing War”, p. 309; Ulrich Persohn, “The Impact of Mercenaries and Private Military and Security Companies on Civil War Severity between 1946 and 2002”, International Interactions 40, no. 2 (2015): p. 197, p. 208-9, https://doi.org/10.1080/03050629.2014.880699.
  29. Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 324-26; Shearer, “Out Sourcing War”, p. 70; Singer, “Corporate Warriors”, p. 193-5; Yekutiel Gershoni, “War without End and an End to War: The Prolonged Wars in Liberia and Sierra Leone”, African Studies Review 40, no. 3 (Dec. 1997): p. 62-65, acesso em 7 maio 2019, https://www.jstor.org/stable/524966.
  30. Rubin, “An Army of One’s Own”; Sellars, “Old Dogs of War Learn New Tricks”, p. 24; Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 330; Johannesburg, “Can Anyone Curb Africa’s Dogs of War?”, The Economist (site), 14 Jan. 1999, acesso em 8 jan. 2019, https://www.economist.com/international/1999/01/14/can-anyone-curb-africas-dogs-of-war.
  31. Quanto à Ásia, veja Dinnen, “Militaristic Solutions”, p. 279-80; David Issenberg, “Security for Sale”, Asia Times, 14 Aug. 2003, acesso em 8 jan. 2019, http://www.sandline.com/hotlinks/security_for_sale.html. Quanto ao Oriente Médio, veja Kevin Whitelaw e Carey W. English, “Mercenaries Need Not Apply”, U.S. News & World Report 122, no. 12 (31 Mar. 1997): p. 47.
  32. Sobre o último papel da Executive Outcomes como empresa subcontratada, veja Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 322; Dinnen, “Militaristic Solutions”, p. 279-80; Robert Block, “African Supplier of Mercenaries Shuts, Says it Wants to Give Peace a Chance”, Wall Street Journal, 11 Dec. 1998.
  33. Rubin, “An Army of One’s Own”; Singer, Corporate Warriors, p. 104.
  34. Sobre a manobra de armas combinadas, veja Venter, War Dog, p. 415-44, p. 513-52; Singer, Corporate Warriors, p. 116. Quanto à guerra psicológica, veja Francis, “Mercenary Intervention in Sierra Leone”, p. 327. Quanto à defesa interna no exterior, veja Rubin, “An Army of One’s Own”; Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 316; Francis, “Mercenary Intervention in Sierra Leone”, p. 329. Quanto à assistência humanitária e operações de estabilização, veja Rubin, “An Army of One’s Own”; Harding, “The Mercenary Business”, p. 92, p. 96.
  35. Whitelaw, “Have Gun, Will Prop up Regime”, p. 46; Issenberg, “Security for Sale”.
  36. Shearer, “Out Sourcing War”, p. 73; Singer, Corporate Warriors, p. 115-16.
  37. Sellars, “Old Dogs of War Learn New Tricks”, p. 24; Johannesburg, “Can Anyone Curb Africa’s Dogs of War?”; Singer, Corporate Warriors, p. 117; “Africa: Mercenary Markets”; David Shearer, “Privatizing Protection”, The World Today 57, no. 8/9 (Aug. 2001): p. 31, acesso em 8 jan. 2019, https://www.jstor.org/stable/40476572.
  38. Quanto à pressão internacional, veja Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 329; “Africa: Mercenary Markets”; Roger Moore e Linda de Hoyos, “Executive Outcomes’ Ties to London and Bush”, EIR International, 31 Jan. 1997, p. 43; Sean Creehan, “Soldiers of Fortune 500: International Mercenaries”, Harvard International Review 23, no. 4 (2002): p. 6-7. Quanto à regulamentação e supervisão de contratos, veja Howe, “Private Security Forces and African Stability”, p. 327; “Africa: Mercenary Markets”; Johannesburg, “Can Anyone Curb Africa’s Dogs of War?”; Block, “African Supplier of Mercenaries”; Gumedze, “Regulating the Private Security Sector in South Africa”, p. 202; Singer, Corporate Warriors, p. 118.
  39. Mark Galleotti e Anna Arutunyan, “Commentary: Hybrid Business—The Risks in the Kremlin’s Weaponization of the Economy”, Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL), 20 Jul. 2016, acesso em 21 ago. 2019, https://www.rferl.org/a/russia-commentary-hybrid-business-weaponization-economy/27869714.html; veja, também, Sukhankin, “Continuing War by Other Means”.
  40. Uma análise sobre o status legal consta de Dyner, “The Role of Private Military Contractors”; quanto à evasão de sanções, veja “Paper Views Africa, Middle East Flights of ‘Kremlin Chef’ Plane”, BBC Monitoring Former Soviet Union, 8 fev. 2019.
  41. Para obter informações sobre a organização Anti-Terror Group, veja Vyacheslav Gusarov, “Russian Private Military Companies as Licensed Tool of Terror”, Inform Napalm, 24 Nov. 2015, acesso em 3 mar. 2019, https://informnapalm. org/en/russian-private-military-companies-as-licensed-tool-of-terror/; para obter informações sobre os vínculos da organização com o FSB, veja Grzegorz Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”, Warsaw Institute, 30 Mar. 2019, acesso em 29 Jul. 2019, https://warsawinstitute.org/putins-invisible-army/.
    Para obter informações sobre o ATK Group, veja Gusarov, “Russian Private Military Companies”; Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”.
    Para obter informações sobre a Center R no Afeganistão, Iraque e Iugoslávia, veja Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”; para obter informacões sobre a Center R no Afeganistão, Iraque, Síria e Iugoslávia, veja Gusarov, “Russian Private Military Companies”; para obter informações sobre a Center R no Afeganistão, Iraque, Síria e Indonésia, veja Dyner, “The Role of Private Military Contractors”.
    Para obter informações sobre a E.N.O.T. na Ucrânia e seus vínculos com o FSB, veja Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”; para obter informações sobre a E.N.O.T. no Azerbaijão, Síria, Tadjiquistão, Ucrânia, veja Gusarov, “Russian Private Military Companies”; para obter informações sobre a E.N.O.T. no Azerbaijão, Sérvia, Síria e Ucrânia, veja Dmitry Nikitin, Rostislav Boguszewski e Alina Volchinskaya, “The FSB Began to Detain the Participants of The E.N.O.T.”, Daily Storm, 19 Nov. 2019, acesso em 5 maio 2019, https://dailystorm.ru/obschestvo/fsb-nachala-zaderzhivat-uchastnikov-chvk-e-n-o-t; para obter informações sobre a E.N.O.T. no Azerbaijão, Síria, Tadjiquistão e Ucrânia, veja Dyner, “The Role of Private Military Contractors”; para obter informações sobre os vínculos da E.N.O.T. com o FSB, veja Ruslan Goreva, “The Army of Wild Geese”, Versia (site), 29 Jan. 2019, acesso em 3 mar. 2019, https://versia. ru/pochemu-rossii-vygodnee-voevat-za-rubezhom-nelegalno.
    Para obter informações sobre a FDG Corp, veja Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”; Nikolai Larin, “Business on Blood: What Is Known About Russian Private Military Companies”, Forbes (site da Rússia), 8 Feb. 2018, acesso em 5 maio 2019, https://www.forbes.ru/biznes/365421-biznes-na-krovi-chto-izvestno-o-rossiyskih-chastnyh-voennyh-kompaniyah.
    Para obter informações sobre o Feraks Group, veja Dyner, “The Role of Private Military Contractors”; Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”.
    Para obter informações sobre a MAR PMC, veja Gusarov, “Russian Private Military Companies”; Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”; para obter informações sobre os vínculos da MAR PMC com o FSB, veja Goreva, “The Army of Wild Geese”.
    Para obter informações sobre o Moran Security Group, veja Gusarov, “Russian Private Military Companies”; Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”.
    Para obter informações sobre a Patriot em Burundi e seus vínculos com agências governamentais russas, veja Jakob Hedenskog, “Russia Is Stepping up Its Military Cooperation in Africa”. Swedish Defence Research Agency Memo 6604, Dec. 2018, acesso em 5 maio 2019, https://www.foi.se/rapportsammanfattning?reportNo=FOI%20MEMO%206604; para obter informações sobre a Patriot na Síria, Burundi e vínculos com o Ministério da Defesa, veja L. Todd Wood, “New Russian Mercenary Force Operating in Syria”, Tzarism, 7 Jul. 2018, acesso em 3 ago. 2019, https://tsarizm.com/news/2018/07/07/new-russian-mercenary-force-operating-in-syria/; para obter informações sobre os vínculos da Patriot com agências governamentais russas, veja Nils Dahlqvist, “Russia’s (Not So) Private Military Companies”, Swedish Defence Research Agency Memo 6653, Jan. 2019, acesso em 3 mar. 2019, https://www.foi.se/rapportsammanfattning?reportNo=FOI%20MEMO%206653; para obter informações sobre a Patriot na República Centro-Africana, Síria e seus vínculos com o Ministério da Defesa, veja “PMC Rush: Russian Private Armies”, Inform Napalm, acesso em 1 ago. 2019, http://informnapalm.rocks/pmc_rush.
    Para obter informações sobre o RSB Group na Líbia, veja “Veterans to Ask Hague Court to Probe Russia’s Use of Mercenaries”, RFE/ RL, 10 Nov. 2018, acesso em 5 mar. 2019, https://www.rferl.org/a/reuters-report-veterans-ask-hague-court-probe-russian-use-of-mercenaries-syria-ukraine-central-african-republic/29592901.html; Vladimir Mukhin, “The Offensive of Haftar’s Army Is Hindered by Ukrainian Military Men”, Nezavisimaya Gazeta (site), 7 Apr. 2019, acesso em 5 maio 2019, http://www.ng.ru/world/2019-04-07/1_2_7550_lybia.html; para obter informações sobre o RSB Group na Nigéria, veja “RSB Group in Nigeria”, RSB Group Press Release, acesso em 1 ago. 2019, http://rsb-group.org/news/rsb-groups-in-nigeria; para obter informações sobre o RSB Group no Senegal, veja “Contact and Feedback”, RSB Group, acesso em 1 ago. 2019, http://rsb-group.org/contacts; para obter informações sobre o RSB Group na Sérvia, veja “Demining”, RSB Group, acesso em 1 ago. 2019, http://rsb-group.org/services/clearance; para obter informações sobre o RSB Group em Sri Lanka, veja “RSB Group Base in Sri Lanka”, RSB Group Press Release, acesso em 1 ago. 2019, http://rsb-group.org/news/completed-formation-of-base-sri-lanka; para obter informações sobre o RSB Group na Ucrânia, veja Gusarov, “Russian Private Military Companies”; para obter informações sobre o RSB Group na Líbia e na Ucrânia, veja Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”.
    Para obter informações sobre a empresa Sewa Security Service na República Centro-Africana, veja Andrey Kamakin, “Safari for Wagner”, Novaya Gazeta (site), 12 Jun. 2018, acesso em 3 mar. 2019, https://novayagazeta.ru/articles/2018/06/13/76787-safari-dlya-vagnera; Hedenskog, “Russia Is Stepping Up Its Military Cooperation in Africa”; para obter informações sobre os possíveis vínculos da Sewa com o GRU, veja Dahlqvist, “Russia’s (Not So) Private Military Companies”. A Sewa é, provavelmente, filiada ao Grupo ChVK Wagner e compartilha de seus vínculos com o GRU. É mais provável que o apoio do GRU seja administrativo e logístico. A autoridade ou controle tático do GRU sobre as operações da Sewa são provavelmente limitados ou inexistentes.
    Para obter informações sobre a ChVK Shchitt, veja Denis Korotkov, “Without Shield”, Novaya Gazeta (site), 29 Jul. 2019, acesso em 1 ago. 2019, https://novayagazeta.ru/articles/2019/07/28/81406-bez-schita.
    Para obter informações sobre a Vegacy Strategic Services, veja Lukas Andriukaitis e Michael Sheldon, “A Deeper Look into Vegacy Strategic Services, LLC.”, Atlantic Council Digital Forensic Research Lab, 29 Mar. 2019, acesso em 5 maio 2019, https://medium.com/dfrlab/a-deeper-look-into-vegacy-strategic-services-ltd-8985ba3eac52.
    Para obter informações sobre o Grupo ChVK Wagner na República Centro-Africana, Sudão, Síria e Ucrânia, veja Hedenskog, “Russia Is Stepping Up Its Military Cooperation in Africa”; Kamakin, “Safari for Wagner”; Eric Schmitt, “Russia’s Military Mission Creep Advances to a New Front: Africa”, New York Times (site), 31 Mar. 2019, acesso em 1 abr. 2019, https://www.nytimes.com/2019/03/31/world/africa/russia-military-africa.html; para obter informações sobre o Grupo Wagner na Síria e na Ucrânia, veja Gusarov, “Russian Private Military Companies”; para obter informações sobre o Grupo Wagner na Líbia, Sudão, Síria e Ucrânia, veja Sergei Khazov-Cassia e Robert Coalson, “Russian Mercenaries: Vagner Commanders Describe Life inside the ‘Meat Grinder’”, RFE/RL, 14 May 2018, acesso em 5 maio 2019, https://www.rferl.org/a/russian-mercenaries-vagner-commanders-syria/29100402.html; para obter informações sobre o Grupo Wagner na República Centro-Africana, Líbia, Sudão, Síria, Ucrânia e Iêmen, veja Gabriella Gricius, “Russia’s Wagner Group Quietly Moves into Africa”, Riddle, 11 Mar. 2019, acesso em 5 maio 2019, https://www.ridl.io/en/russia-s-wagner-group-quietly-moves-into-africa/; para obter informações sobre o Grupo Wagner na Líbia, veja Mukhin, “The Offensive of Haftar’s Army”; para obter informações sobre os vínculos do Grupo Wagner com o GRU e operações na República Centro-Africana, Sudão, Síria e Ucrânia, veja Dahlqvist, “Russia’s (Not So) Private Military Companies”; para obter informações sobre os vínculos do Grupo Wagner com o GRU, veja Kuczynski, “Putin’s Invisible Army”.
    Para obter informações sobre países onde há suspeita ou alegação de operações em curso das EMSP russas, veja RFE/RL, “Veterans to Ask Hague Court to Probe Russia’s Use of Mercenaries”; Lukas Andriukaitis e Graham Brookie, “#PutinAtWar: Prigozhin Meets Libyan Military Officials”, Atlantic Council Digital Forensic Research Lab, 24 Nov. 2018, acesso em 5 maio 2019, https://medium.com/dfrlab/putinatwar-prigozhin-meets-libyan-military-officials-608ca4f-2b98e; “Reports: Russian Military Contractors Operating in Venezuela”, RFE/RL, 25 Jan. 2019, acesso em 3 maio 2019, https://www.rferl.org/a/reuters-reports-russian-military-contractors-operating-in-venezuela/29731838.html; “Wagner Versus Patriot: Fighting for Mercenary Control”, Warsaw Institute Russia Monitor, 12 Jul. 2018, acesso em 3 mar. 2019, https://warsawinstitute.org/wagner-versus-patriot-fighting-mercenary-control/.
    Para obter informações sobre países com o potencial para operações atuais ou futuras de EMSP russas, veja Hedenskog, “Russia Is Stepping Up Its Military Cooperation in Africa”; Schmitt, “Russia’s Military Mission Creep Advances to a New Front: Africa”; Sukhankin, “Continuing War by Other Means”; Kimberly Marten, “Into Africa: Prigozhin, Wagner, and the Russian Military”, PONARS Eurasia Policy Memo No. 561, Jan. 2019, acesso em 20 mar. 2019, http://www.ponarseurasia.org/sites/default/files/policy-memos-pdf/Pepm561_Marten_Jan2019_0. pdf; Aaron Ross, “How Russia Moved into Central Africa”, Reuters, 17 Oct. 2018, acesso em 27 out. 2018, https://www.reuters.com/article/us-africa-russia-insight-idUSKCN1MR0KA; Sukhankin, “Russian PMCs in Yemen: Kremlin-Style ‘Security Export’ in Action?”, Jamestown Foundation, 12 Oct. 2018, acesso em 12 out. 2018, https://jamestown.org/program/russian-pmcs-in-yemen-kremlin-style-security-export-in-action/; Irina Dolinina e Alesya Marokhovskaya, “Specials and Spices: Why Yevgeny Prigozhin’s Plane Flies to the Middle East and Africa Almost Every Month”, Novaya Gazeta (site), 4 Feb. 2019, acesso em 8 fev. 2019, https://novayagazeta.ru/articles/2019/02/04/79417-spetsy-i-spetsii.
  42. Bingham e Musyka, “Private Companies”; veja, também, Owen Matthews, “Putin’s Secret Armies Waged War in Syria—Where Will They Fight Next”, Newsweek (site), 26 Jan. 2018, acesso em 3 mar. 2019, https://www.newsweek.com/2018/01/26/putin-secret-army-waged-war-syria-782762.html.
  43. Quanto à infantaria de choque, leia supostos relatos de primeira mão sobre Palmira em Pierre Vaux, “Fontanka Investigates Russian Mercenaries Dying for Putin in Syria and Ukraine”, The Interpreter, 29 Mar. 2016, acesso em 2 jul. 2019, http://www.interpretermag.com/fontanka-investigates-russian-mercenaries-dying-for-putin-in-syria-and-ukraine/; veja, também, Bingham e Muzyka, “Private Companies”, p. 13. Quanto a alegações sobre o papel da Sukhoi na Guerra entre a Eritreia e a Etiópia, veja “Corporate Warriors”, p. 205; “Russia Arms Eritrea, Ethopia Despite Possible Conflict—Russian Paper”, BBC Monitoring Service Former Soviet Union, 16 Apr. 2005.
  44. Singer, “Corporate Warriors”, p. 194; Peter Lock, “Military Downsizing and Growth in the Security Industry in Sub-Saharan Africa”, Strategic Analysis 22, no. 9 (Dec. 1998): p. 1393-426, https://doi.org/10.1080/09700169808458891; Mariyam Hasham, “Public Wars, Private Profit”, The World Today 60, no. 6 ( Jun. 2004): p. 7-9, acesso em 8 jan. 2019, https://www.jstor.org/stable/40477178.
  45. Issenberg, “Security for Sale”; Hasham, “Public Wars, Private Profit”, p. 9.
  46. Sergey Sukhankin, “War, Business and ‘Hybrid’ Warfare: The Case of the Wagner Private Military Company (Part One)”, The Jamestown Foundation, 19 Apr. 2019, acesso em 25 jun. 2019, https://jamestown.org/program/war-business-and-hybrid-warfare-the-case-of-the-wagner-private-military-company-part-one/; Sergey Sukhankin, “From ‘Volunteers’ to Quasi-PMCs: Retracing the Footprints of Russian Irregulars in the Yugoslav Wars and Post-Soviet Conflicts”, The Jamestown Foundation, 25 Jun. 2019, acesso em 25 jun. 2019, https://jamestown.org/program/from-volunteers-to-quasi-pmcs-retracing-the-footprints-of-russian-irregulars-in-the-yugoslav-wars-and-post-soviet-conflicts/.
  47. “No Quarter”, Time, 15 Feb. 1993.
  48. Quanto à região de Transnístria, veja Matthew Owens, “Putin’s Secret Armies Wages War in Syria—Where Will They Fight Next?”, Newsweek (site), 17 Jan. 2018, acesso em 14 mar. 2019, https://www.newsweek.com/2018/01/26/putin-secret-army-waged-war-syria-782762.html; quanto à região de Nagorno-Karabakh, veja “Azerbaijan: Russian Hand”, Oxford Analytica Daily Brief Service, 11 Jun. 1993; quanto a ambas, veja Dyner, “The Role of Private Military Contractors”.
  49. Sergey Sukhankin, “War, Business and Ideology: How Russian Private Military Contractors Pursue Moscow’s Interests”, The Jamestown Foundation, 20 Mar. 2019, acesso em 25 jun. 2019, https://jamestown.org/program/war-business-and-ideology-how-russian-private-military-contractors-pursue-moscows-interests/; Sukhankin, “Continuing War by Other Means”.
  50. Ibid.; Dyner, “The Role of Private Military Contractors”.
  51. Ty Joplin, “5 Countries Where Russia’s Secret Mercenary Wagner Group Have Been Deployed”, Al Bawaba, 12 Feb. 2019, acesso em 21 ago. 2019, https://www.albawaba.com/news/5-countries-where-russia%E2%80%99s-secret-mercenarywagner-group-have-been-deployed-1250966; Sergey Sukhankin, “Beyond Syria and Ukraine: Wagner PMC Expands its Operations to Africa”, The Jamestown Foundation, 20 Apr. 2018, acesso em 20 mar. 2019, https://jamestown.org/program/beyond-syria-and-ukraine-wagner-pmc-expands-its-operations-to-africa/; Sergey Sukhankin, “Are Russian Mercenaries Ready to Defend Venezuela’s Maduro?”, The Jamestown Foundation, 28 Jan. 2019, acesso em 20 mar. 2019, https://jamestown.org/program/are-russian-mercenaries-ready-to-defend-venezuelas-maduro/.
  52. Uma breve análise sobre as dificuldades econômicas da Rússia consta de James Roberts e Ivan Benovic, “Russia’s Economy Continues to Underperform”, The Heritage Foundation, 19 Nov. 2017, acesso em 2 jul. 2019, https://www.heritage.org/international-economies/report/russias-economy-continues-underperform.
  53. Quanto às três primeiras fases, veja Gu Guan-Fu, “Soviet Aid to the Third World an Analysis of its Strategy”, Soviet Studies 35, no. 1 (Jan. 1983): p. 71-89, acesso em 2 jul. 2019, https://www.jstor.org/stable/151493. Quanto à fase final, veja Peter Lock, “The Withering Military in Sub-Saharan Africa: New Roles for the Private Security Industry?”, Africa Spectrum 33, no. 2 (1998): p. 135, acesso em 2 jul. 2019, https://www.jstor.org/stable/40180336.
  54. Chris Miller, “Putin Isn’t a Genius. He’s Leonid Brezhnev”, Foreign Policy (site), 12 Feb. 2018, acesso em 9 mar. 2019, https://foreignpolicy.com/2018/02/12/putin-isnt-a-genius-hes-leonid-brezhnev/; Mariya Petkova, “Will Putin Follow in Brezhnev’s Footsteps?”, Al-Jazeera News, 24 Mar. 2018, acesso em 9 mar. 2019, https://www.aljazeera.com/news/2018/03/putin-follow-brezhnev-footsteps-180323164959435.html.
  55. Guan-Fu, “Soviet Aid to the Third World”, p. 73-81.
  56. Colin W. Lawson, “Soviet Economic Aid to Africa”, African Affairs 87, no. 349 (Oct. 1988): p. 510, acesso em 2 jul. 2019, https://www.jstore.org/stable/722891.
  57. Ibid., p. 510, p. 518.
  58. Samuel Ramani, “As the U.S. Disengages, Russia Ramps Up Aid and Arms Sales to Sub-Saharan Africa”, World Politics Review, 29 Mar. 2018, acesso em 11 jun. 2019, https://www.worldpoliticsreview.com/insights/24457/as-the-u-s-disengages-russia-ramps-upaid-and-arms-sales-to-sub-saharan-africa; Theo Neethling, “Russia is Expanding its Strategic Influence in Africa”, Quartz Africa, 8 Feb. 2019, acesso em 11 jun. 2019, https://qz.com/africa/1546037/russia-is-expanding-its-strategic-influence-in-africa/.
  59. Artemy Kalinovsky, “The Blind Leading the Blind: Soviet Advisors, Counter-Insurgency and Nation-Building in Afghanistan” (working paper #60, Woodrow Wilson International Center for Scholars, Washington, DC, Jan. 2010), p. 4-9, acesso em 12 jul. 2019, https://www.wilsoncenter.org/sites/default/files/WP60_Web_Final.pdf.
  60. Higgins e Nechepurenko, “In Africa”; “Sudan Coup: What’s Next with Russian ‘Advisers’?”, Warsaw Institute, 12 Apr. 2019, acesso em 11 jun. 2019, https://warsawinstitute.org/sudan-coup-whats-next-russian-advisers/.
  61. Joint Concept for Integrated Campaigning (Washington, DC: U.S. Government Publishing Office, 16 Mar. 2018), p. 7-10, acesso em 21 ago. 2019, https://www.jcs.mil/Portals/36/Documents/Doctrine/concepts/joint_concept_integrated_campaign.pdf?ver=2018-03-28-102833-257.

O Maj Thomas D. Arnold, do Exército dos EUA, é estrategista e serve, atualmente, como planejador de operações conjuntas junto ao Comando dos EUA na Europa. Concluiu o bacharelado e um MBA pela Louisiana Tech University e o mestrado em Gestão Pública pela Harvard University. Serviu em funções de comando e estado-maior no Iraque, Alemanha, Forte Polk, Afeganistão e no Pentágono.

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Segundo Trimestre 2020