O Futuro das Operações de Informações
Maj Walter E. Richter, Exército dos EUA
Na Publicação Conjunta 3-13, Operações de Informações (JP 3-13, Information Operations), publicada em 13 de fevereiro de 2006, o Departamento de Defesa afirma que todos os esforços de informações devem fazer parte de uma forte capacidade de comunicação estratégica que apoie as atividades governamentais para entender, informar e influenciar os públicos externos relevantes1.
A visibilidade e a importância das Operações de Informações (Op Info) e das Comunicações Estratégicas na Política Nacional aumentaram nos últimos anos, recebendo ênfase tanto na estratégia de Defesa quanto na estratégia de Segurança Nacional. Nos comandos combatentes, as Op Info sustentam o plano de comunicação estratégica para assegurar a unidade de temas e mensagens, enfatizar o sucesso, confirmar ou contestar com precisão os relatos civis sobre as operações americanas e reforçar a legitimidade das metas dos EUA na comunidade internacional2.
Em resposta a isso, o Exército dos EUA está revisando o Manual de Campanha 3-13, Operações de Informações (FM 3-13, Information Operations), aprimorando ainda mais a edição de novembro de 2003. Mesmo assim, as mudanças de doutrina propostas são evolutivas em vez de revolucionárias e, com frequência, não refletem as experiências operacionais dos comandantes, parecendo, às vezes, tratar de modelos de ameaça da época da Guerra Fria.
A nova definição doutrinária e as capacidades centrais de Op Info do Exército serão adequadas para sustentar um plano nacional de comunicações estratégicas? Ele será capaz de lidar com ameaças emergentes e futuras?
Infelizmente, a atual definição e as capacidades centrais das operações de informações parecem ser inadequadas para sustentar um plano nacional de comunicações estratégicas, lidar com ameaças emergentes ou atender aos objetivos da Defesa Nacional nos próximos 15 anos.
Em todas as agências dos EUA, incluindo a comunidade militar, o conceito de operações de informações em geral e operações psicológicas em particular como arma de dissimulação diminuiu de forma gradativa. Em vez disso, as Op Info hoje visam a influenciar atitudes e ações dentro de uma área de interesse, apresentando a um público-alvo informações verdadeiras. Teoricamente, esse processo tem o potencial de substituir a violência3.
O Exército também adotou uma visão mais pragmática de Op Info, decidindo voltar o foco para a melhor forma como as informações podem apoiar os líderes em operações “cinéticas e não cinéticas”. Este artigo avalia as capacidades centrais atuais das operações de informações:
- Operações Psicológicas (Op Psc)
- Guerra Eletrônica (GE)
- Operações de Redes Computacionais (Op R Compt)
- Dissimulação Militar (Dsml Mil)
- Segurança das Operações (Seg Op)
- Relações Públicas e Assuntos Civis (RP e As Civ)
Para os fins deste artigo, o adjetivo “cinético” significa “relativo ao movimento de corpos materiais e às forças e energia com eles relacionadas”4. As operações cinéticas envolvem o emprego da força para obter um efeito direto, como a artilharia, infantaria, aviação e operações de ofensiva e defensiva blindadas. As operações não cinéticas são aquelas que visam a influenciar um público-alvo por meio da mídia eletrônica ou impressa, operações de redes computacionais, guerra eletrônica ou administração direcionada de ajuda humanitária. É importante observar que muitas operações não se encaixam perfeitamente em uma ou outra categoria. Por exemplo, uma patrulha de segurança pode ter a capacidade de empregar a força (operação cinética), mas, com o tempo, se a sua conduta profissional constante conquista o respeito da população local, sua presença pode se tornar um efeito não cinético — se não uma operação completa em si mesma.
Tanto a JP 3-13 quanto o FM 3-13 definem as Op Info como “o emprego integrado das capacidades centrais…aliado a capacidades de apoio e correlatas específicas, para influenciar, interromper, corromper ou usurpar o processo de tomada de decisão humano e automatizado do adversário, ao mesmo tempo em que protege as capacidades centrais [amigas]”5. Aqui, a diferença entre operações cinéticas e não cinéticas se torna ambígua. O benefício dessa ambiguidade é que ela proporciona aos comandantes a opção de concentrar as Op Info tanto em operações cinéticas quanto em operações não cinéticas, possivelmente utilizando meios de fogo indireto para atacar nós de informação, destruindo o comando e controle por meio do ataque a redes computacionais, utilizando táticas de dissimulação que incorporam a eletrônica ou empregando medidas ativas e passivas para proteger o comando e controle amigo. Por outro lado, os comandantes também podem voltar os esforços de planejamento de Op Info para as operações não cinéticas: conhecer os objetivos do combatente inimigo por meio de um entendimento cultural e antropológico abrangente dos líderes locais e seus pilares ideológicos ou reforçar a percepção pública das forças amigas.
Embora os comandantes devam sempre manter a iniciativa de incorporar meios cinéticos e não cinéticos para estabelecer a superioridade de informação, é uma alocação eficaz de meios para a célula de Op Info coordenar capacidades tão divergentes, quando a Divisão de Operações (E/3) já concentra suas ações em muitas das mesmas áreas? Para assegurar que os futuros comandantes não percam a superioridade de informação contra inimigos não limitados pela ética ou verdade, é preciso que os oficiais de Op Info se tornem especialistas permanentes com competências em informações públicas, marketing e antropologia cultural.
Consequências de Operações Militares Recentes
A doutrina de operações de informações atual do Exército surgiu do Manual de Campanha 100-6, Operações de Informações (FM 100-6, Information Operations), de 1996, que dividia as Op Info em cinco capacidades centrais que apoiavam a destruição física do inimigo: Op Psc, Op R Compt, Dsml Mil, GE e Seg Op6. As operações de informações incluíam a capacidade de garantir a segurança dos sistemas de informações amigos e de sincronizar o emprego da força em todos os sistemas hierárquicos e não hierárquicos — conectando sensores, atuadores e comandantes — ao mesmo tempo degradando, interrompendo ou explorando o comando e controle do inimigo. Reconhecendo a importância de se adaptar ao ambiente de informação em mutação, a doutrina permaneceu voltada quase que exclusivamente para a derrota de um inimigo militar convencional por meio do apoio às operações cinéticas.
…os líderes militares americanos precisam trabalhar para criar ambientes estáveis e seguros, promovendo, assim, o Estado de Direito e o respeito pelos direitos humanos.
Para ser justo, a edição de 1996 do Manual de Campanha FM 100-6 reconheceu a necessidade de conduzir as Op Info ao longo de todo o espectro das operações militares. Não obstante, o foco das décadas anteriores nas capacidades de ameaça soviéticas e a subsequente Guerra do Golfo, em 1991, contra uma força convencional moldada segundo a força soviética, provavelmente, limitaram o pensamento militar americano. Apesar dos Acordos de Paz de Dayton, de dezembro de 1995, uma resposta ao conflito étnico na antiga Iugoslávia, o Manual de Campanha FM 100-6 não considerou a ascensão de atores não estatais ou o surgimento de operações militares não mais concentradas completamente na destruição física de um inimigo. Hoje, em vez de apenas negar, derrotar ou destruir um inimigo, os líderes militares americanos precisam trabalhar para criar ambientes estáveis e seguros, promovendo, assim, o Estado de Direito e o respeito pelos direitos humanos.
Os Bálcãs
As operações de informações, como uma arte institucionalizada, demonstraram o seu potencial durante as operações lideradas pela Otan na antiga Iugoslávia, quando os líderes militares americanos reagiram à manipulação da mídia por líderes políticos bósnios, sérvios e croatas, que inflamavam ódios étnicos latentes7. Originalmente, os sérvios utilizaram a mídia estatal para atingir apenas os cidadãos sérvios com suas mensagens distorcidas (em vez da comunidade internacional). Os líderes do governo semearam o medo e a paranoia entre os sérvios-bósnios, que, por sua vez, desenvolveram um ódio violento contra os de etnia bósnia e croata na Iugoslávia, o que ajudou a convencer os sérvios que eles estavam, de fato, lutando pela sua sobrevivência como um povo. Embora essas mensagens fossem extremamente eficazes entre os sérvios, encontraram pouca receptividade em outros lugares8.
A princípio, os líderes muçulmanos bósnios (bosníacos) possuíam pouco em termos de meios de mídia. Entretanto, como quase todos os correspondentes da imprensa estrangeira na antiga Iugoslávia estavam situados em Sarajevo, uma cidade sitiada pelos sérvios, a percepção de bosníacos como vítimas infelizes se espalhou rapidamente em todo o mundo. Como os jornalistas e os habitantes predominantemente bosníacos de Sarajevo passaram pelas mesmas privações, muitos repórteres podem ter desenvolvido uma perspectiva tendenciosa, concentrando-se exclusivamente nos sofrimento dos muçulmanos nas mãos dos sérvios9.
Depois do desdobramento americano como parte da Força de Implementação do Acordo de Dayton (Dayton Accord Implementation Force — IFOR), em dezembro de 1995, e da publicação do Manual de Campanha FM 100-6, em 1996, os comandantes americanos logo descobriram que a doutrina de Op Info não reconhecia o efeito que as informações públicas tinham nas populações locais. Sob a forma da imprensa local e internacional, assim como da crescente comunidade on-line, as informações públicas tinham uma enorme influência sobre a população que a IFOR tentava estabilizar. Dada a missão da IFOR de impor os Acordos de Paz de Dayton e a predominância das informações públicas sobre a população, tornou-se, para todos os efeitos, impossível separar Relações Públicas de Op Info completamente10. Com o auxílio da Agência de Guerra da Informação Terrestre (Land Information Warfare Agency), líderes da 1ª Divisão Blindada e, mais tarde, da 1ª Divisão de Infantaria estabeleceram um conselho de Op Info destinado a reunir atores-chave para a disseminação de informações de Informações Públicas, Relações Públicas, Operações, Op Psc e Assuntos Civis11.
Ao receber contribuições do conselho de Op Info e apresentar informações verdadeiras à população, a divisão multinacional reagiu contra a propaganda inimiga disseminada pela mídia local. Ativo ao longo de todo o processo de planejamento, o setor de Op Info identificou os principais pontos de pressão dos líderes locais e os objetivos de cada alvo e utilizou uma matriz de sincronização de divisão para harmonizar as capacidades centrais das Op Info. Para transmitir a mensagem da divisão para o público bósnio, o conselho de Op Info coordenou mensagens de rádio de Op Psc com os comunicados à imprensa da divisão do Exército para evitar mensagens conflitantes ou “fratricídio de informações”. Embora esse tipo de fratricídio normalmente inclua perdas devido a conflitos entre sistemas de comunicações amigos, o fratricídio de informações também pode consistir em informações públicas que comprometam a Seg Op ou a credibilidade local dos líderes e soldados de uma unidade.
O caráter ético da integração entre RP e Op Info continua a gerar um debate acirrado entre oficiais firmemente estabelecidos nos dois lados da questão. Em um artigo recente, um oficial de RP do Exército dos EUA afirmou que “o valor militar prático de relações públicas para o operador não é nem tático nem operacional, além de não ser de fácil quantificação. É estratégico, um conceito difícil de perceber ou digerir quando se está envolvido em combate pessoal e feroz no nível de faca de trincheira”12. Em suma, o serviço de RP do Exército é uma instituição com o seu próprio código de conduta legitimador, acima de qualquer comando ou missão.
…embora a credibilidade seja um padrão claro e inflexível de conduta profissional, não é nem o centro de gravidade nem o objetivo em si.
Por outro lado, um porta-voz da Força Aérea dos EUA afirmou que, embora a credibilidade seja um padrão claro e inflexível de conduta profissional, não é nem o centro de gravidade nem o objetivo em si13. Em vez disso, o setor de RP deve apoiar o comando e sua missão por meio de relatórios precisos e oportunos, análise de mídia detalhada, treinamento de mídia e temas de discussão para os soldados em todos os níveis do comando.
Essa integração de informações públicas com Op Info foi empregada e aprimorada durante a guerra contra a Sérvia e as operações de estabilização e apoio subsequentes no Kosovo. A relutância do comando em confrontar a imprensa aumentou a especulação da mídia depois que aviões F-16 da Força Aérea dos EUA atingiram, por equívoco, um comboio de refugiados durante uma campanha de bombardeio contra a capital sérvia. A falta de um tema comum de RP entre os comandantes levou a declarações conflitantes por líderes da Otan responsabilizando os sérvios pelo ataque. Os comandantes admitiram, mais tarde, que a Otan havia, de fato, atirado no comboio, mas disseram que apenas viaturas militares foram visadas. Depois de uma semana sem uma mensagem militar clara, o Otan, tardiamente, tratou da questão de forma aberta por meio de uma avaliação de questões pelo setor de RP que ajudou a acalmar a especulação sobre o incidente14. Infelizmente, a falta de uma resposta coerente no início já havia minado a credibilidade das forças de manutenção da paz no Kosovo.
Em todas as operações nos Bálcãs, a Câmera de Combate também despontou como uma poderosa ferramenta de informação, documentando atividades e eventos a serem explorados pelos setores de RP e Op Psc. Além disso, a Câmera de Combate apoiou os comandantes durante operações contenciosas como cerco e vasculhamento, como meio de se opor rapidamente à propaganda inimiga.
As experiências publicadas dos comandantes nos Bálcãs enfatizam, repetidas vezes, o caráter essencial do domínio das informações. Embora não se possa ignorar o papel da tecnologia, essas lições enfatizam a dimensão humana e a necessidade de desenvolver a compreensão das estruturas sociais e culturais por meio da comunicação formal e informal. Entretanto, o Exército ainda precisa adequar as suas capacidades centrais doutrinárias de Op Info, especialmente a incorporação de RP e As Civ.
Afeganistão
As experiências no Afeganistão demonstram ainda mais a necessidade de integrar relações públicas e assuntos civis nas operações de informações. Em resposta aos atentados de 11 de Setembro contra o World Trade Center e o Pentágono, os Estados Unidos iniciaram ações militares no Afeganistão por meio da Operação Enduring Freedom (OEF). As primeiras operações utilizaram bombardeiros com base terrestre B-1, B-2 e B-52; caças com base em porta-aviões F-14 e F/A-18 e mísseis de cruzeiro Tomahawk lançados no Afeganistão a partir de navios e submarinos americanos e britânicos; e forças de operações especiais que forneciam coordenação terrestre e trabalhavam estreitamente com milícias afegãs locais contrárias ao regime talibã15. Os objetivos militares iniciais eram a destruição de campos de treinamento e infraestrutura terroristas no Afeganistão, a captura dos líderes da Al-Qaeda e a descontinuação de atividades terroristas no país16.
A guerra eletrônica predominou nesses esforços iniciais de Op Info, visando os meios de comunicação e de artilharia de defesa antiaérea do inimigo. As operações psicológicas, ou de influência, se concentraram em convencer os combatentes inimigos a capitular. Só mais tarde, os comandantes passaram a trabalhar no sentido de convencer os afegãos que os ataques contra os combatentes talibãs não eram ataques contra a população afegã, preparando, assim, o terreno para um governo afegão democrático que se opusesse ao terror e respeitasse os direitos humanos. As operações psicológicas visaram a convencer o público mundial que, apesar da violência de seus ataques contra o Talibã e a Al Qaeda, a coalizão estava fazendo todo o possível para minimizar a perda da vida e da propriedade de civis afegãos17.
Embora a força militar esmagadora da coalizão tenha assegurado o sucesso dessas operações cinéticas iniciais, elas não trataram integralmente de questões fundamentais para o estabelecimento da democracia no Afeganistão. A tendência dos comandantes de direcionar as Op Info exclusivamente para o apoio de operações cinéticas é compreensível, porque avaliar o êxito das operações psicológicas é inerentemente mais complexo que calcular uma avaliação de danos de um ataque aéreo. Não surpreende que o setor de Op Info carecesse da estrutura doutrinária para tratar dessas questões. Conservara o foco em sistemas físicos e não na cultura afegã, limitando, assim, a capacidade da coalizão de influenciar a população. Em suma, a utilização exclusiva de Op Info para apoiar objetivos cinéticos de curto prazo é redundante e acaba não apoiando os objetivos de longo prazo do comandante.
As competências necessárias para que os planejadores de Op Info implementem operações psicológicas com sucesso são notadamente diferentes das necessárias para destruir a capacidade de informação de um combatente. Criar condições que levem a um governo estável é um desafio bem maior para as Op Info. Além disso, os planejadores de Op Info devem assegurar que o apoio seja duradouro e que as condições desejadas persistirão muito tempo depois da retirada das forças da coalizão. Em preparação para a Operação Enduring Freedom, os planejadores militares ou ignoraram as consequências de longo prazo relativas a informações ou, subordinados ao caráter imediato das suas operações cinéticas, prestaram insuficiente atenção à mensagem da missão e ao efeito sobre objetivos de longo prazo.
Para que um tema de Op Info tenha êxito, deve atender a três critérios:
- Deve, primeiro, transformar a percepção local e internacional do inimigo, fazendo com que ela passe de lutadores pela liberdade ou até rebeldes para uma força militante ilegítima ou algo inaceitável para a cultura local.
- Segundo, deve remodelar a natureza do conflito ou (mais importante) a percepção do conflito, tanto no âmbito nacional quanto internacional, de modo que as forças da coalizão sejam vistas como libertadoras e não como um exército de conquista.
- Terceiro, deve ter a capacidade de remodelar as metas finais da operação conforme as condições no terreno atendam ou não às expectativas do planejamento18.
Em tudo isso, é essencial que, ao se depararem com inúmeras ameaças em culturas extremamente diferentes, os planejadores reconheçam que uma única solução não serve para todas as situações. Em outras palavras, uma certa imagem projetada pelas forças da coalizão pode ser aceitável para uma sociedade e completamente inaceitável para outra.
O ressurgimento recente de atividade militante e criminosa por parte do Talibã pode muito bem resultar de descuidos no planejamento de Op Info, como a erradicação da produção de papoulas sem oferecer alternativas rentáveis aos agricultores. Não obstante, antes desse ressurgimento, as Op Info haviam passado por aprimoramentos no planejamento e execução e nos setores de As Civ e Op Psc, além de uma maior integração entre órgãos governamentais. O setor de Op Psc forneceu apoio ao governo afegão interino, assim como operações humanitárias de remoção de minas. Os soldados de Assuntos Civis também coordenaram esforços com organizações não governamentais como parte do programa de Ajuda Externa Humanitária, de Desastre e Cívica (Overseas Humanitarian Disaster and Civic Aid) do Departamento do Estado. A experiência demonstrou a necessidade de um centro de operações cívico-militares plenamente equipado, capaz de entrar no Teatro de Operações com pouco apoio logístico das forças especiais do escalão Teatro de Operações19. Essas experiências destacam o papel essencial que o setor de As Civ já exerceu em Op Info de sucesso como meio de influenciar a população. O potencial de uma integração adequada de As Civ não é a habilidade de “conquistar os corações e mentes”. Em vez disso, é a capacidade de estabelecer relações de respeito e confiança mútuos que promovam o apoio popular, à medida que todos os lados reconheçam os benefícios de longo prazo de cooperar com as forças da coalizão20.
Iraque
No início de 2003, os Estados Unidos se prepararam para liderar uma coalizão internacional para derrubar o regime de Saddam Hussein. Ao que parece, as operações de informações receberam atenção limitada a operações cinéticas quando a coalizão invadiu o Iraque e a liderança do Baath fugiu. As operações de informações mais uma vez se concentraram, de modo geral, em apoiar a derrota do regime de Saddam, sem estabelecer um ambiente estável ou uma paz duradoura. Pior ainda, a prática da coalizão de ocupar os antigos palácios do partido Baath e de raramente interagir com a população local pode ter impossibilitado que muitos iraquianos chegassem a ver as forças da coalizão como algo mais que uma continuação do regime do partido Baath21. Muitas vezes, soldados inexperientes se viram em uma situação perigosa em que era difícil identificar os inimigos e, às vezes, eles “humilharam os homens, ofenderam as mulheres e antagonizaram exatamente as pessoas que, supostamente, forneceriam informações sobre os terroristas e integrantes do Baath”22.
Os planejadores de Op Info com foco tecnológico concentraram os seus esforços em rastrear redes computacionais e em incorporar a Guerra Eletrônica e as Operações de Redes Computacionais às operações da divisão. Logo se viram lutando para entender as estruturas sociais, divisões étnicas e tribais e fatores históricos que contribuíram para o conflito interno que surgia no Iraque23. Felizmente, as operações de informações receberam uma consideração cada vez maior à medida que o conflito evoluia. Os comandantes que, originalmente, enxergavam as Op Info como uma distração da luta e da vitória logo buscaram entender as diferentes etnias dos setores sob o seu controle. Conforme desenvolveram a sua compreensão de Op Info, criaram organizações nos níveis de brigada, divisão e corpo de exército para tratar da dimensão humana do conflito.
Como outros nos Bálcãs e no Afeganistão, o coronel Ralph O. Baker, um comandante de brigada no Iraque, descobriu a importância operacional das informações públicas e a subsequente necessidade de integração de RP e Op Info. Compreendeu que os comunicados à imprensa, tanto iraquiana quanto internacional, têm efeitos imediatos nas atitudes da população e podem se opor à propaganda do inimigo. Para auxiliar no planejamento de Op Info de Baker, o setor de RP forneceu uma análise de mídia sobre percepções populares no setor24. Coordenada por meio de unidades de As Civ, meios orgânicos médicos e de engenharia e unidades de manobra, a ajuda humanitária contribuiu para estabelecer relações de “confiança e respeito” entre os líderes comunitários e os membros das forças militares.
Apesar do caráter controverso da questão de Op Info-RP, a maioria dos líderes militares seniores reconhece a necessidade de uma integração eficaz entre as duas áreas. Joseph Collins, antigo Assistente Adjunto do Secretário de Defesa para Operações de Estabilização, afirmou que, se as comunicações estratégicas no Iraque não melhorarem, fracassaremos. Acrescentou ainda: “Não estamos alcançando sinergia e massa em nossas comunicações estratégicas.” Depois de uma missão como comandante do III Corpo no Iraque, o general Thomas Metz declarou que o Exército precisava de uma “abordagem mais ampla e mais agressiva, abrangente e holística de Op Info — uma abordagem que reconheça os desafios do ambiente de informação mundial e que integre, de forma ininterrupta, as funções das Op Info e RP tradicionais — para obter o êxito no campo de batalha da era da informação”25.
A necessidade de que os líderes entendam redes sociais complexas, não apenas redes computacionais ou eletrônicas, é um tema constante nas análises pós-ação da Operação Iraqi Freedom. Embora os meios de comunicação, como rádio, televisão e Internet, sejam extremamente valiosos para transmitir mensagens, a maior necessidade é de que elas encontrem receptividade cultural e social entre a população local.
Mudanças Propostas
Ao discutir o fluxo de informações, é útil considerar como ele evoluiu e mudou. A figura 1 demonstra como os Estados Unidos enxergavam, tradicionalmente, o fluxo de informações dentro e fora do Teatro de Operações e entre os militares e o governo dos EUA, público americano e público externo. Vale observar que, embora o fluxo de informações tenha se tornado mais complexo e irregular, nunca teve um caráter simplista ou completamente preciso.
À medida que os modelos do ambiente de informações se tornam tridimensionais, as informações fluem com mais rapidez através de todas as fronteiras. As Operações de Informações eram relegadas, anteriormente, a um “ambiente adversário” e as Relações Públicas a um “ambiente americano/aliado”. Hoje as informações fluem com facilidade em quatro ambientes diferentes:
- O ambiente de engajamento direto
- O ambiente interno
- O ambiente dos aliados da coalizão
- O ambiente internacional fora da coalizão
Embora cada ambiente tenha suas próprias características, o setor de Op Info não pode mais considerar esses ambientes apenas como amigos ou inimigos. Dentro de cada ambiente, há diversos graus de confiança e comunhão de metas e objetivos com os EUA. A diferença mais significativa entre esses ambientes é como a mesma informação terá efeitos extremamente diferentes em cada um deles.
Ao analisar os efeitos que surgem dos novos ambientes de informação (figura 2), talvez seja tentador enfocar apenas a tecnologia que transmite os dados. Entretanto, a partir das observações dos comandantes, controlar ou interromper o fluxo de informações é praticamente impossível. O valor das Op Info não se encontra na tecnologia de transmissão das informações, mas na compreensão de como elas afetam o ambiente. Além disso, em resposta à preocupação de que as Op Info devem oferecer apoio às capacidades técnicas, os especialistas permanentes das Operações de Rede e Espaciais do Exército e do Corpo de Comunicações do Exército podem fornecer apoio bem mais abrangente que as Op Info. A reintegração desses meios em Inteligência (para a coleta) e Operações (para medidas eletrônicas ofensivas) permitiriam que o setor de Op Info se concentrasse nas operações psicológicas.
Relações Públicas X Operações de Informações
A integração do setor de RP com Op Info é um tema constante nas inúmeras análises pós-ação. Os incidentes relativos à inserção de reportagens positivas em jornais iraquianos pelo Grupo Lincoln demonstram a rapidez com que as informações atravessam os ambientes hoje em dia, gerando preocupações quanto à possibilidade de o setor de Op Info controlar as RP26. A questão no caso é que as reportagens, embora verdadeiras, foram enganosas ao ocultar a fonte, parecendo refletir os interesses do quadro editorial de um jornal iraquiano27.
Reportagens como essas minam a credibilidade de qualquer cobertura positiva que os militares recebam. A coordenação adequada de RP com Op Info nunca deve enganar a população quanto à origem da informação. Em vez disso, a coordenação assegura que os comunicados à imprensa se oponham à propaganda inimiga, não violem a segurança das operações e minimizem o fratricídio de informações. Se produzirem comunicados à imprensa homogêneos e evitarem o fratricídio de informações, com o tempo, os comandantes talvez alcancem maior sucesso no estabelecimento da confiança e do respeito entre a população. Além disso, o setor de RP deve fornecer a análise e o treinamento de mídia às unidades, capacitando-as a interagir com a mídia de forma eficaz, assim estabelecendo e conservando ainda mais a credibilidade.
Novos Conceitos de Operações de Informações
Além da integração de RP, como pode o setor de Op Info aumentar ainda mais a capacidade de influência do comando apoiado? A persistência das condições atuais em operações futuras pode proporcionar ao Exército o incentivo para fornecer amplo treinamento e formação em marketing e antropologia cultural aos oficiais de Op Info.
Op Info como marketing. As ferramentas e os conceitos de marketing podem gerar apoio para as operações militares da coalizão da mesma forma que um anunciante promove um produto comercial. Como os produtos comerciais, o apoio local às operações da coalizão tem custos e benefícios. Os benefícios para os cidadãos que apoiam as operações da coalizão podem ser projetos de ajuda humanitária em suas cidades, assim como a estabilidade e a segurança em suas vizinhanças. Os custos dessa cooperação podem ser a perda da riqueza do mercado negro e a aparência de colaboração, colocando as vidas dos partidários da coalizão e de seus familiares em perigo. Embora a aplicação de conceitos comerciais a operações militares possa parecer inusitada, essa noção pode ajudar os planejadores de Op Info a apresentar aos comandantes uma análise clara de custo-benefício das condições que estes necessitam que sejam aceitas pela população local28.
Embora seja difícil prever as futuras áreas de operações para as Forças Armadas dos EUA, a utilização de ferramentas de marketing para tirar proveito da ajuda humanitária e de relações públicas dentro de um plano de operações de informações direcionado a um público mundial tem enormes possibilidades para as operações futuras.
Antropologia Cultural. Em conjunto com marketing, a antropologia cultural visa a entender as motivações e os desejos dos atores no contexto de uma cultura e sociedade. A antropologia cultural é o “estudo científico da cultura humana com base em dados e métodos de análise arqueológicos, etnológicos, etnográficos, linguísticos, sociais e psicológicos”29. É uma disciplina de ciências sociais, cujo foco tradicional era em sociedades tribais não ocidentais, algumas das quais enfrentamos nas operações atuais. Os métodos antropológicos incluem a observação participante, o trabalho de campo, a pesquisa histórica e tentativas de entender as sociedades a partir das perspectivas delas em vez das experiências, crenças e valores pessoais dos pesquisadores30.
Entre as forças militares, uma das tarefas principais da antropologia cultural seria converter em doutrina os conhecimentos adquiridos a partir da experiência de campo, um benefício óbvio para os líderes militares que buscam entender e até prever o comportamento em sociedades não ocidentais. Apesar desses benefícios, não houve grande esforço no sentido de incorporar a antropologia no treinamento de líderes militares31. Em termos militares, a compreensão da antropologia cultural é um passo importante para possibilitar uma melhor Inteligência Humana. O entendimento das culturas por meio do treinamento, da maior interação com as populações locais durante as operações e, idealmente, de se viver entre elas, pode ajudar os civis locais a compreender os valores e a missão de uma unidade. Embora exista um risco de segurança inerente nisso, o maior acesso público pode criar pontos em comum entre as unidades militares e a população local.
Para as operações futuras, os soldados precisarão de um maior entendimento da cultura em que operam.
Para as operações futuras, os soldados precisarão de um maior entendimento da cultura em que operam. O conhecimento sobre costumes e cortesias é valioso, mas apenas o começo. Os líderes, planejadores e soldados devem entender como uma cultura afetará as operações. Forçar os oficiais de Op Info a enfocar os aspectos humanos, em vez dos aspectos técnicos dos ambientes de informação, capacitará as Op Info a maximizar a influência e fornecerá aos líderes de combate, planejadores e soldados as ferramentas necessárias para desdobramentos futuros.
Mudança de Definição
A atual definição de Op Info relacionada no Manual de Campanha FM 3-13, de novembro de 2003, é a seguinte:
O emprego das capacidades centrais de guerra eletrônica, operações de redes computacionais, operações psicológicas, dissimulação militar e segurança das operações, em conjunto com capacidades de apoio e correlatas específicas, para afetar ou defender as informações ou sistemas de informações e para influenciar a tomada de decisões.
O Exército dos EUA aprovou, recentemente, uma definição atualizada que substitui o objetivo anterior de “afetar” por um mais amplo:
…influenciar, interromper, corromper ou usurpar o processo de tomada de decisões humano e automatizado do adversário, ao mesmo tempo em que protegemos o nosso. Inclui a utilização dessas capacidades para influenciar as percepções dos públicos externos amigos e neutros.
Reavaliação das Capacidades Centrais
Embora o objetivo revisado reconheça as ramificações da incorporação de Op Info no planejamento, não reavalia as capacidades centrais de Op Info, podendo dar aos comandantes que anteriormente concentravam as Op Info nas operações cinéticas a impressão equivocada de que a tecnologia continua a ser a chave da superioridade da informação. Ao contrário, as capacidades historicamente ligadas ao êxito de Op Info são RP, Op Psc, Câmera de Combate e Assuntos Civis/operações cívico-militares.
Se as tendências atuais persistirem, as operações concentradas exclusivamente na destruição de um inimigo, objetivo ou capacidade ocorrerão com uma frequência cada vez menor, ao passo que as missões destinadas a capacitar uma força de segurança estrangeira ou administração civil local se tornarão cada vez mais comuns. Além de apenas cumprir missões cada vez mais complexas, a capacidade de projetar essas realizações, sejam elas locais, internacionais ou ambos, pode determinar o sucesso geral da missão.
As capacidades centrais de Op Info que podem efetivamente tratar de operações futuras — RP, Op Psc, Câmera de Combate e As Civ — devem ser reavaliadas.
As atuais capacidades centrais de Op Info de Segurança das Operações e Dissimulação Militar podem se enquadrar em Operações, ao passo que a Guerra Eletrônica e as Operações de Redes Computacionais podem se enquadrar em Comunicações, para o apoio; em Inteligência, para a coleta de informações; e em Operações, para as medidas eletrônicas ofensivas. Embora isso pareça ser uma mudança radical para alguns, representaria o reconhecimento institucional do que já é uma realidade no terreno.
Implicações para Futuras Operações
A Estratégia de Segurança Nacional dos EUA requer uma “força futura que ofereça uma dissuasão sob medida para ameaças estatais e não estatais (incluindo o emprego de armas de destruição em massa, ataques terroristas nos domínios físicos e de informação e ataques oportunistas), ao mesmo tempo tranquilizando os aliados e dissuadindo os concorrentes potenciais”32. Como consequência, as linhas entre ambientes de informação continuarão indistintas.
As lições nesse tema se apresentaram repetidas vezes durante as operações nos Bálcãs, Afeganistão e Iraque, mas provocaram poucas mudanças na doutrina. À luz da auto-análise contínua e dos relatórios publicados do Exército, os comandantes no Afeganistão e no Iraque deviam estar cientes dos desafios enfrentados nas operações nos Bálcãs. A relutância em modificar a doutrina pode ter sido causada pela recusa em aceitar o risco de desviar uma quantidade limitada de meios e pessoal da missão de destruir o inimigo. Entretanto, uma explicação mais provável é que os planejadores viam as lições aprendidas depois de uma missão de manutenção de paz como inválidas para o conflito de alta intensidade.
Para que as informações de operações tratem dessas ameaças de forma adequada e apoiem um plano nacional de comunicações estratégicas, o Exército precisa assegurar que os seus oficiais de Op Info contem com as competências e meios necessários para fornecer aos comandantes uma compreensão profunda dos fatores culturais e sociais dentro de um dado ambiente. Os oficiais de Op Info também devem avaliar como esses fatores afetarão as operações, capacitando ainda mais os comandantes a influenciar as populações locais, a estabelecer relacionamentos de confiança e respeito e a criar, por fim, legados de estabilidade e segurança.
Referências
- JP 3-13, Information Operations (U.S. Joint Publication: 13 de fevereiro de 2006), I-10.
- Myers, General Richard. National Military Strategy: A Strategy for Today, A Vision for Tomorrow (Washington, DC:Joint Chiefs of Staff, 2004), p. 12.
- Steele, Robert David. “Information Operations: Putting the ‘I’ back into DIME” (Carlisle Barracks, PA:Strategic Studies Institute of the U.S. Army War College, Fevereiro de 2006).
- Merriam-Webster Online (2007) [database on-line], disponível em: www.m-w.com/dictionary/kinetic, Internet, acesso em 4 de fevereiro de 2007.
- JP 3-13.
- FM 100-16, Information Operations (Washington, DC: U.S. Government Printing Office, 1996).
- Collins, Steven. “Army PSYOP in Bosnia: Capabilities and Constraints”, Parameters (Carlisle, PA: U.S. Army War College, Summer 1999): pp. 57-73.
- Ibid.
- Ibid.
- Sholtis, Maj Todd. “Planning for Legitimacy: A Joint Operational Approach to Public Affairs”, Air & Space Power Journal (8 de junho de 2005), on-line; disponível em: www.airpower.maxwell.af.mil/airchronicles/cc/sholtis.html; acesso em 20 de fevereiro de 2007.
- Siegel, Pascalle Combelles. “Information Activities”, Lesson from Bosnia: The IFOR Experience (1997) [ASAF Air War College database on-line], disponível em: www.au.af.mil/au/awc/awcgate/ccrp/wentz_bosnia.pdf, acesso em 20 de fevereiro de 2007.
- Darley, Cel William M.. “Why Public Affairs is not Information Operations”, Army Magazine. 55, no. 1 (Janeiro de 2005), disponível em: www.ausa.org/webpub/DeptArmyMagazine.nsf/byid/CCRN-6CCSFV, acesso em 20 de fevereiro de 2007.
- Sholtis.
- Pounder, Maj Gary. “Opportunity Lost: Public Affairs information operations, and the Air War against Serbia”, Aerospace Power Journal (Maxwell Air Force Base, AL: Air Force University, Summer 2000): pp. 1-2.
- “Operation Enduring Freedom—Afghanistan”, Global Security Website, disponível em: http://www.globalsecurity.org/military/ops/enduring-freedom.htm, acesso em 19 de fevereiro de 2007.
- Bush, George W. “September 20th Address to a Joint Session of Congress” e “October 7th Address to the Country”, Global Security, disponível em: www.globalsecurity.org/military/ops/enduring-freedom.htm, acesso em 19 de fevereiro de 2007.
- Cox, Maj Joseph. “Information Operations in Operations Enduring Freedom and Iraqi Freedom—What Went Wrong?” (Fort Leavenworth, KS: School of Advanced Military Studies, 2006): p. 57.
- Singer, Peter W. “Winning the War of Words: Information Warfare in Afghanistan, America’s response to Terrorism Analysis Paper #5, (23 de outubro de 2001). [Brookings Institute database on-line], disponível em: https://www.brookings.edu/research/winning-the-war-of-words-information-warfare-in-afghanistan/: Internet, acesso em 30 de novembro de 2006.
- Maney, Gen Pat. Deputy Commander, USACAPOC (A). “Lessons Learned in Afghanistan Slideshow” National Defense Industrial Association-SO/LIC Symposium (11 de fevereiro de 2003), U.S. Air Force Air War College database on-line, disponível em: http://www.au.af.mil/au/awc/awcgate/ndia/maney.pdf, acesso em 19 de fevereiro de 2007.
- Eassa, Ten Cel Charles. Deputy Director, U.S. Army Information Operations, source, Schrage, Michael. “Use Every Article in the Arsenal”, Washington Post (15 de janeiro de 2006).
- Emery, Maj Norman. “Information Operations in Iraq”, Military Review (Maio-Junho 2004): 11-14.
- Thomas, Evan. “Groping in the Dark”, Newsweek (1 de setembro de 2003): p. 30.
- Entrevista pessoal com Ten Cel Charles Eassa, Exército dos EUA, Diretor-Adjunto, U.S. Army Information Operations Proponent (Alexandria, VAVA: 2 de novembro de 2006).
- Baker, Cel Ralph O. “The Decisive Weapon”, Military Review (Maio-Junho de 2006): pp. 13-32.
- Metz, Gen Thomas F. “Massing Effects in the Information Domain”, Military Review (Maio-Junho de 2006): pp. 2-12.
- White, Josh. “Military Planting Articles in Iraq Papers”, Washington Post, 1 de dezembro de 2005, A18.
- Ibid.
- Trent, Cap Stoney. “Marketing: An Overlooked Aspect of Information Operations”, Military Review (Julho-Agosto de 2006): pp. 70-74.
- Soukhanov, Anne H. Webster’s II, New Riverside University Dictionary (Boston, MA: The Riverside Publishing Company, 1994), 335.
- McFate, Montgomery. “Antropologia e Contra-Insurreição: A Estranha História desse Curioso Relacionamento”, ” Military Review (Maio-Junho 2005), disponível em: www.army.mil/professionalwriting/volumes/volume3/august_2005/7_05_2.html, acesso em 20 de fevereiro de 2007.
- Ibid.
- Bush, George W. National Security Strategy 2006.
O Maj Walter Richter, do Exército dos EUA, é o atual planejador principal do Grupo de Iniciativas Estratégicas do III Corpo, tendo concluído, recentemente, uma missão como planejador principal do Corpo Multinacional no Iraque (III Corpo). É mestre em Estratégia pela Escola de Comando e Estado-Maior dos EUA e Mestre em Estudos Operacionais pela Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais. Como Oficial de Área Estrangeira, também concluiu o Curso de Estado-Maior de Comandantes Superiores da Academia de Defesa Nacional da Eslováquia.
Voltar ao início