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Três datas, três janelas e todo o DOTMLPF-P

Como o Exército de Libertação Popular representa um desafio para todo o Exército

 

Ian M. Sullivan

 

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O Departamento de Defesa divulgou, em 17 de outubro de 2023, imagens e vídeos desclassificados de um caça do Exército de Libertação Popular (ELP) realizando uma interceptação coercitiva e arriscada contra um meio dos EUA durante uma operação legal no Mar do Sul da China

Em 2015, o Exército de Libertação Popular da ChinaNT1 (ELP) deu início ao programa de reforma e modernização mais ambicioso, amplo e de longo alcance de sua história. Esse esforço pretendia transformar radicalmente o ELP, de uma força grande e inchada, focada principalmente na defesa territorial, em um exército altamente moderno e capaz de garantir os objetivos de segurança do Partido Comunista Chinês (PCC) internamente, na região e entre os bens comuns globais. Esse esforço exigiria um ELP totalmente novo, capaz de, nas palavras do Secretário-Geral Xi Jinping, combater e vencer uma guerra moderna, conjunta e em múltiplos domínios contra o que o PCC denomina “o inimigo forte” — um eufemismo para os Estados Unidos da América (EUA).1 Grande parte da atenção sobre esse esforço se concentrou no rápido desenvolvimento das capacidades que a China produziu e até mesmo integrou ao ELP. O progresso tem sido impressionante e demonstra um verdadeiro desafio tecnológico para uma força conjunta estadunidense acostumada a desfrutar de uma vantagem significativa em termos de capacidades sobre seus adversários, desde a Guerra Fria. Muitos observadores olham para os esforços de modernização da China e veem uma variedade vertiginosa de novos sistemas e capacidades sendo colocados em operação no ELP e se concentram neles como o problema que nossa modernização precisa resolver.

NT1: O Exército de Libertação Popular engloba as diferentes Forças Armadas da China.

No entanto, concentrar-se apenas nas capacidades que o ELP está desenvolvendo não é suficiente para entender o que o PCC e o ELP estão tentando alcançar com essa modernização. Não se trata apenas de material bélico. Em vez disso, trata-se de criar uma capacidade armada para derrotar o inimigo forte regionalmente e, por fim, globalmente. A modernização militar da China abrange todas as partes do que o Exército dos EUA denomina DOTMLPF-PNT2 (doutrina, organização, treinamento, material, liderança e instrução, pessoal, instalações e políticas, na sigla em inglês). Especificamente, está tentando superar suas próprias deficiências, consagradas nos bordões de meados da década de 2010, como “as duas incapacidades”, “as duas grandes lacunas” e os “cinco incapazes”, que captam muito bem a intenção geral desse esforço.2 O PCC e o ELP entenderam que precisavam de uma rápida afluência de novas capacidades, mas, em sua essência, essas críticas internas se dirigem à capacidade do ELP como instituição e, principalmente, às capacidades de seus líderes de combater e vencer uma guerra moderna contra seus possíveis adversários. Não foi projetada como uma mera superação tecnológica. Em vez disso, foi projetada para desafiar o Exército e a força conjunta estadunidenses nas três áreas que sustentaram a superioridade militar dos EUA no período após a Operação Desert Storm: superioridade em material bélico, em soldados e comandantes e na abordagem da guerra.3

NT2: Comparar com DOAMEPI, no Exército Brasileiro, que corresponde a doutrina, organização, adestramento, material, educação, pessoal e infraestrutura.

Três datas

O desafio da modernização do ELP não ocorre de forma isolada. Integra um plano mais amplo do PCC para criar “o grande rejuvenescimento da nação chinesa” até 2049, ano do centenário da fundação da República Popular da China.4 Faz parte de um esforço abrangente liderado pelo partido para garantir à China “um lugar de liderança” no mundo. Para chegar lá, o partido trabalhará para gerar e empregar todos os elementos do poder nacional para defender sua soberania, manter a estabilidade interna e proteger seus interesses crescentes, em âmbito regional e global, para permitir seu desenvolvimento econômico.5 A China tem se empenhado em um amplo esforço de toda a nação para atingir esses objetivos, incluindo a Iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota”, seu conceito de “três guerras” para a competição entre grandes potências, liderança em organizações internacionais e um foco renovado na diplomacia (seu papel no BRICS — aliança entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul—, seu trabalho para restaurar as relações entre a Arábia Saudita e o Irã e até mesmo seu engajamento político para resolver a Guerra Rússia-Ucrânia). Mas é um ELP modernizado, capaz de se impor regional e globalmente, que é a força central necessária para toda essa revitalização de um Estado chinês liderado pelo PCC.

O Exército de Libertação Popular pretende concluir sua transformação em uma força

A liderança do PCC não tem hesitado em falar sobre a modernização militar do ELP, especialmente sobre seus cronogramas ambiciosos. Inicialmente havia duas datas importantes — 2035 e 2049 —, mas uma terceira, 2027, ganhou destaque recentemente em termos do rumo que a China está tomando. Essas datas precisam ser abordadas na ordem inversa, começando em 2049.

2049. O ano de 2049 é um ano importante para Pequim e para o PCC, conforme exposto acima. Mas tem também um significado mais concreto para o ELP. O 19o Congresso do Partido, realizado em outubro de 2017, apresentou tanto a fundamentação quanto o objetivo do programa de modernização militar do ELP. Seu objetivo é criar uma força intrinsicamente ligada ao PCC, que possa gerenciar crises, dissuadir seus adversários e vencer guerras. Também ressalta que a intenção geral do programa é transformar o ELP em um exército de “classe mundial” até 2049.6 Embora não tenha sido definido especificamente, isso provavelmente significa desenvolver um exército que seja, no mínimo, equivalente ao dos EUA e de alguns de seus parceiros ocidentais. Em termos de capacidades, espera-se que o ELP de 2049 seja capaz de mobilizar forças em todos os domínios globalmente para proteger os interesses chineses.7

Soldados da Sexta Companhia do 74

2035. Se o objetivo é ter um exército de classe mundial até 2049, um ponto de passagem na jornada é 2035, quando o ELP concluirá sua transformação inicial em uma força “inteligencializada”. Usado pela primeira vez no emblemático livro branco de defesa da China de 2019, “Defesa Nacional da China na Nova Era”, o termo “guerra inteligencializada” oferece uma espécie de transição de suas anteriores “guerras locais sob condições informatizadas”.8 O livro branco observa que “a guerra está evoluindo em sua forma para uma guerra informatizada, e a guerra inteligencializada desponta no horizonte”.9 Textos subsequentes sobre a defesa chinesa demonstraram um significado mais profundo, observando que o objeto da guerra inteligencializada é controlar diretamente a determinação do inimigo.10 Na prática, isso significaria integrar novas tecnologias, como inteligência artificial, aprendizado de máquina e computação quântica ao comando, controle, comunicação, computadores, cibernética, inteligência, vigilância e reconhecimento do ELP; seus sistemas de armas; e em todo o processo decisório militar. Isso também significa concluir os esforços críticos de modernização em todos os elementos DOTMLPF-P para que o ELP consiga combater e vencer contra seu inimigo forte.11 O ELP planeja ser totalmente inteligencializado até 2035.

2027. Tendo em mente a máxima de Mike Tyson sobre estratégia, foi o próprio Xi que deu o proverbial soco na boca desse plano ao oferecer uma terceira data relevante: 2027. A relevância de 2027 — o ano do centenário da fundação do ELP — veio à tona no seminal 20o Congresso do Partido, em outubro de 2022. O evento representou não apenas a codificação da autoridade de Xi, sem dúvida tornando-o o líder chinês mais poderoso e relevante desde Mao, mas também uma demonstração de uma mudança de mentalidade relativamente à situação de segurança da China. Ele se referiu especificamente a “mudanças drásticas no cenário internacional”, o que representou um afastamento do foco do 19o Congresso do Partido no desenvolvimento econômico e na estabilidade. As ramificações militares do 20o Congresso do Partido demonstram um senso de urgência raramente visto por parte do PCC. Apelou pela aceleração do esforço de modernização em todos os setores. Instruiu o ELP a desdobrar suas forças regularmente, estabelecer um forte elemento dissuasório, aumentar “forças de novos domínios” (cibernético e espacial), aumentar o uso de sistemas não tripulados e concluir rapidamente seu esforço de modernização.12 A data de 2027 pode ser vista como uma nova referência de modernização, possivelmente substituindo 2035 como meta.

A Presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi

Xi continuou a reforçar esse senso de urgência e tem sido muito claro ao comunicar ao ELP seu desejo de acelerar os processos. Em abril, Xi visitou as instalações da Marinha do ELP (MELP) em Zhanjiang, parte do importante Comando do Teatro de Operações do Sul, onde pediu a “aceleração” da modernização em todas as frentes. Ele enfatizou o reforço do treinamento e da prontidão para o combate, observando a necessidade de aumentar o realismo nos exercícios militares, bem como a necessidade de desenvolver o capital humano do ELP e de intensificar o estudo da guerra.13 Xi realizou uma visita semelhante em julho, quando inspecionou uma instalação da Força Aérea do ELP (FAELP) no Comando do Teatro do Oeste. Ele repetiu seu tema de acelerar a modernização e expandir o realismo no adestramento de combate e apontou a necessidade de continuar a disponibilizar novos equipamentos e integrá-los à força. Xi concluiu falando sobre o imperativo de aumentar a preparação e a prontidão militar.14

Esse novo senso de urgência para acelerar a modernização ganhou um novo sentido com as declarações das autoridades estadunidenses sobre o que isso poderia significar. O Diretor da CIA, William Burns, afirmou publicamente que os EUA sabiam, “por uma questão de inteligência”, que Xi havia ordenado que o ELP estivesse pronto em 2027 para conduzir uma invasão de Taiwan a fim de realizar a antiga ambição de Pequim de reunificação.15 Burns prossegue afirmando que isso não significa que Xi tenha decidido travar uma guerra com Taiwan em 2027, mas que é um “lembrete da seriedade de seu foco e ambição”.16 O então Presidente da Junta de Chefes do Estado-Maior, Gen Mark Milley, também indicou que o ELP foi instruído a se preparar para 2027, mas que Xi provavelmente não decidiu travar guerra. Ele acrescentou, entretanto, que alguns líderes políticos e militares chineses podem ter concluído que a guerra com os EUA é inevitável.17 Independentemente de Xi ter decidido ou não, seu senso de urgência na modernização militar tem implicações no mundo real para o Exército dos EUA e a força conjunta.

Três janelas

As três datas criam três janelas de vulnerabilidade para o Exército e a força conjunta. A primeira é a realidade de “combater hoje à noite”, em que as tensões regionais poderiam transbordar, uma grande aproximação acidental de um meio do ELP às forças estadunidenses ou aliadas poderia levar a uma troca de fogos ou alguma ação de terceiros poderia levar a um rápido conflito entre a China e os EUA. Esse período vai do presente até 2025. A segunda é uma janela de “combater no curto prazo”, começando em 2025 e terminando em 2030. É um período focado na nova declaração de Xi quanto a estar pronto para combater em Taiwan em 2027. Esse também é um período particularmente perigoso para o Exército dos EUA, pois um combate que ocorra antes de 2030 estará dentro do principal marco de modernização do Exército para concluir o Exército de 2030. Nesse cenário, o programa de modernização da China e o impulso para a “inteligencialização” estariam à frente do impulso do Exército e da força conjunta dos EUA para o Comando e Controle Conjunto de Todos os Domínios (Joint All-Domain Command and Control), que é a nova visão e abordagem do Departamento de Defesa para identificar, organizar e disponibilizar recursos aprimorados de comando e controle da força conjunta que levam em conta os esforços de modernização de adversários com poder de combate equiparado, como a China.18 Por fim, a janela de ameaça após 2030 — “combater no futuro” — veria um Exército estadunidense modernizado capaz de conduzir operações em múltiplos domínios com seu próprio marco de modernização para 2030 concluído. Seria também um momento em que o ELP e o Exército dos EUA (e a força conjunta) estariam travando uma luta contínua para obter vantagens materiais até o marco chinês de 2049.

O Exército de Libertação Popular conduziu exercícios militares de 4 a 7 de agosto de 2022 em seis locais

A janela “combater hoje à noite” é dominada por acontecimentos atuais. As tensões entre a China e os EUA vêm aumentando há algum tempo, mas se intensificaram desde a visita da congressista Nancy Pelosi a Taiwan, em agosto de 2022. Provavelmente enxergando isso através da lente da interferência contínua dos EUA na ascensão da China, Pequim expressou extremo descontentamento com a visita. O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, chamou os EUA de “o maior destruidor da paz no Estreito de Taiwan e da estabilidade regional” e acrescentou que “a China definitivamente adotará todas as medidas necessárias para salvaguardar firmemente sua soberania e integridade territorial em resposta à visita da [então] Presidente da Câmara dos Deputados dos EUA”.19 Nos dias que se seguiram à visita, o Comando do Teatro de Operações do Leste do ELP intensificou os exercícios em curso e enviou mais de 200 aeronaves e 50 navios de guerra para Taiwan e seus arredores.20 Foram também disparados 11 mísseis balísticos perto das costas nordeste e sudoeste de Taiwan.21 No ano seguinte à visita de Pelosi, as aeronaves da FAELP cometeram centenas de violações do espaço aéreo taiwanês, incluindo mais de 140 cruzando a linha central do Estreito de Taiwan, envolvendo cerca de mil aeronaves. Entre 2020 e a visita em 2022, embora a FAELP tivesse invadido com frequência o espaço aéreo taiwanês, haviam ocorrido apenas dois casos de violações da linha central.22 Entre abril e setembro, o ELP realizou uma série de exercícios envolvendo elementos de todas as suas forças singulares perto de Taiwan.

A China não limitou suas atividades a exercícios nos arredores de Taiwan. Houve vários “quase acidentes” altamente perigosos entre navios de guerra da MELP e dos EUA, bem como interceptações antiprofissionais de aeronaves estadunidenses em águas e espaço aéreo internacionais. O acontecimento mais assustador ocorreu entre um contratorpedeiro de mísseis guiados de classe Luyang-III da MELP e o USS Chung-Hoon, um contratorpedeiro de classe Arleigh Burke, no qual o contratorpedeiro chinês ficou a apenas 137 metros de distância e forçou o USS Chung-Hoon a desviar.23 Poucos dias antes, um caça J-16 da FAELP voou diretamente na frente do nariz de uma aeronave de reconhecimento RC-135 Rivet Joint da Força Aérea dos EUA que voava no espaço aéreo internacional sobre o Mar do Sul da China, forçando a aeronave estadunidense a atravessar uma turbulência perigosa.24

Por fim, as ambições da China no Mar do Sul da China levaram a uma situação muito perigosa na qual a Guarda Costeira e a Milícia Marítima chinesas trabalharam para impedir os esforços das Filipinas para reabastecer seu posto avançado — um navio enferrujado e encalhado — no atol Second Thomas, nas disputadas Ilhas Spratly. Embora esteja dentro da zona econômica exclusiva de Manila, a China reivindica o atol Second Thomas, e sua Guarda Costeira e Milícia Marítima se empenharam em negar três esforços da Guarda Costeira das Filipinas para reabastecer a estação sitiada. As ações chinesas incluíram quase acidentes perigosos e até mesmo o uso de canhão de água contra navios de reabastecimento das Filipinas.25

Juntas, essas ações demonstram o aumento da atividade do ELP na região, direcionadas contra Taiwan, os EUA e seus aliados e parceiros, o que poderia causar uma escalada armada que conduziria a um conflito. Esses tipos de atividades são exemplos dos esforços chineses mais abrangentes em toda a região que poderiam levar a uma crise, e até mesmo a um conflito, se não forem gerenciados com cuidado. Isso demonstra a rapidez com que a janela de ameaça “combater hoje à noite” pode se inflamar.

A janela de “combater no curto prazo” é um pouco mais complexa, mas gira em torno da mudança feita por Xi definindo 2027 como a data para a conclusão pelo ELP de partes da modernização e para estar pronto para Taiwan. Apesar de sua vontade, é improvável que o ELP implemente totalmente seus esforços de modernização nos próximos quatro anos. No entanto, concluirá partes significativas do projeto e, quando somado ao que já foi alcançado, isso poderá criar uma vantagem no curto prazo para o ELP em termos de modernização em relação ao Exército dos EUA, cujos esforços de modernização não se concretizarão completamente até 2030. O novo ponto de passagem de 2027, entre a meta já concluída de 2020 de “guerra informatizada” e “mecanização” e a “inteligencialização” de 2035, torna-se crítico, especialmente ao considerar a orientação de Xi para que o ELP esteja pronto para tomar Taiwan no mesmo ano.

O foco de 2027 não estaria necessariamente em novas capacidades — embora novos sistemas continuem a ser lançados e implementados no ELP até 2030 — mas, em vez disso, estaria nas reformas e na profissionalização da estrutura de força, que são essenciais para que o ELP se torne uma força capaz de travar uma guerra inteligencializada.26 No entanto, aproveitará os novos sistemas que já entraram em operação, e o que entrou em operação até agora é impressionante. Em 2022, o Exército do ELP já havia reformulado suas formações, e, atualmente, 70% de seus carros de combate principais podem ser considerados “modernos”, enquanto 60% de suas brigadas de armas combinadas pesadas e médias estão equipadas com modernas viaturas de combate de infantaria sobre esteiras ou rodas.27 A MELP é atualmente a maior marinha do mundo, e seu desdobramento rápido de novos navios de guerra significa que sua frota é, em grande parte, moderna e capaz. Em 2023, já contava com 340 navios em sua força de combate (e outros 85 navios-patrulha combatentes armados com mísseis). Até 2025, esse número subirá para 395 e aumentará novamente para 435, até 2030.28 A FAELP padronizou sua força de caças em torno de três aeronaves: J-10, J-16 e J-20 de quinta geração. Atualmente, conta com mais de 600 aeronaves em 19 brigadas e dobrou a produção do J-10 e do J-16 nos últimos três anos. Mais de 150 J-20s estão em uso atualmente. Foram disponibilizados novos mísseis com capacidade ar-ar, como o PL-15 e o PL-16, e aumentaram o número de aeronaves de transporte Y-20, que são semelhantes em função ao C-17 dos EUA.29 Diversos sistemas novos entraram em operação na Força de Foguetes do ELP (FFELP), incluindo o DF-21 (que inclui uma variante antinavio projetada para atingir navios-aeródromos estadunidenses), o DF-26, conhecido como “Guam Killer”(“Matador de Guam”, em tradução livre), o míssil hipersônico DF-17 e dois novos mísseis balísticos intercontinentais — DF-31 e DF-41. A FFELP também está expandindo seu arsenal nuclear, que deverá ter 700 ogivas até 2027 e mil até 2030. Isso inclui até mesmo a capacidade de um sistema de bombardeio orbital fracionário que foi revelado em 2021.30

No entanto, conforme observado, a janela de ameaça de 2027 vai além do material bélico. Envolve pessoas, prontidão e mudança organizacional. Em termos de pessoas, a China está trabalhando para modernizar sua abordagem. O livro branco de defesa de Pequim de 2019 declarou que “o adestramento militar em condições reais de combate em todas as Forças Armadas está em pleno andamento”.31 O ELP chegou à conclusão de que a guerra moderna se desenvolverá em vários domínios e, por necessidade, será inerentemente conjunta.

Para empreender com sucesso essa abordagem de guerra, que está incluída em seu esforço de inteligencialização, o ELP reconheceu que precisava de pessoal e líderes mais capacitados. O ELP tem trabalhado para aprimorar seu treinamento e educação profissional militar desde meados da década de 1980, mas nunca com o foco e a intensidade que vimos com esse atual esforço de modernização de 2017. Em 2015, o ELP começou a falar sobre o “Novo Sistema de Sistemas da Tríade para a Educação de Talentos Militares”, que trabalhou para implementar entre 2017 e 2020. A Tríade era composta por três partes distintas: academias militares, treinamento de unidades e educação profissional militar, e trouxe diversas melhorias para o que era um sistema rígido, em grande parte incapaz de produzir capital humano eficaz.32 Esse esforço incluiu a transformação de seu sistema de academias para promover o pensamento crítico e a inovação, oferecer diplomas avançados e certificação em guerra conjunta, tornar o treinamento mais realista no nível da unidade e criar oportunidades de educação profissional militar mais aprofundadas usando conceitos educacionais ocidentais de última geração.33

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O ELP tem trabalhado para aprimorar seu treinamento e educação profissional militar desde meados da década de 1980, mas nunca com o foco e a intensidade que vimos com esse atual esforço de modernização de 2017.

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Esses esforços foram projetados para estabelecer uma base para um ELP aprimorado, mas levarão tempo para dar frutos. O ELP já está enfrentando problemas estruturais importantes à medida que trabalha para implementar essas mudanças, incluindo a elaboração de currículos, o controle da corrupção e a modernização dos salários e benefícios para atrair e manter o corpo docente.34 Mas eles já começaram. Usando o modelo dos “cinco incapazes”, por exemplo, o ELP sabe o que está procurando em termos de desenvolvimento das características de liderança que deseja reforçar por meio da educação profissional militar e do treinamento de seus oficiais. Isso inclui lealdade política ao PCC, consciência estratégica, habilidade em assuntos militares (capacidade de liderar e comandar operações militares), adesão à cultura militar (o que o Exército dos EUA talvez denomine compromisso com a profissão das armas), adaptabilidade e características intangíveis de liderança (por exemplo, carisma, flexibilidade, liderança institucional).35 Mas desenvolver esses líderes não será uma tarefa fácil, pois eles precisarão superar alguns desafios muito importantes e difíceis, alguns sem solução fácil. Primeiro, precisam conciliar o desenvolvimento do tipo de líder inovador que acreditam precisar, mas dentro do mecanismo de liderança abrangente do PCC, do qual o ELP faz parte. Em segundo lugar, precisam superar a corrupção endêmica que tem dominado os assuntos do ELP há gerações. Em terceiro lugar, precisam implementar o que acreditam precisar sem dispor de um reservatório de uma ampla gama de experiências. Os oficiais do ELP têm uma base de vivências relativamente limitada; há poucas missões de diversificação de experiências disponíveis para eles.36 É claro que também carecem de um reservatório de experiência de combate. Embora Xi tenha se concentrado bastante na erradicação da corrupção no ELP, os outros dois são mais difíceis de resolver.

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Um problema mais difícil consiste no desenvolvimento de um quadro capaz e competente de graduados (non-commissioned officers, NCO). Tradicionalmente, os graduados são a espinha dorsal das forças armadas ocidentais, mas o ELP tem tido dificuldades para desenvolvê-los. Seus esforços atuais de modernização reconhecem a necessidade de se concentrar no desenvolvimento deles, mas, até agora, isso parece ter ficado em segundo plano em relação ao desenvolvimento de oficiais. No entanto, o ELP fez alguns progressos. Em março de 2022, o ELP publicou seus “Regulamentos Provisórios para Sargentos”, que revelaram algumas das medidas que o ELP está adotando para melhorar seu corpo de graduados. A primeira diz respeito aos dois tipos diferentes de graduados no ELP: de gestão e especializados. Os primeiros lidam com as tarefas tradicionais de liderança dos graduados, enquanto os segundos são especialistas técnicos. Além disso, esses regulamentos se aprofundaram em relação a como o ELP está trabalhando para recrutar seu corpo de graduados a fim de desenvolvê-los. Há três caminhos que os militares do ELP podem seguir para ingressar no corpo de graduados. O primeiro é o modelo tradicional, em que os graduados são selecionados a partir do grupo de conscritos que completaram seus dois anos de serviço e, depois, se ofereceram para estender seu tempo nas forças armadas. Em geral, esse pessoal se encaminha para postos de graduados de gestão. O segundo envolve o recrutamento de um “cadete graduado” que é recrutado diretamente do ensino médio devido à sua aptidão técnica. Eles recebem três anos de instrução, dois anos e meio de treinamento técnico e, em seguida, meio ano de adestramento militar antes de servir por mais três anos como graduado, geralmente em uma área técnica. O terceiro é um graduado recrutado diretamente, que é um civil com diploma de bacharelado e que é imediatamente incorporado como cabo. Para os dois últimos tipos de graduados, o ELP busca, principalmente, indivíduos com experiência em engenharia, tecnologia da informação e ciência de dados.37

ada um dos comandos institucionais do Exército — Comando de Forças, Comando de Material Bélico, Comando de Instrução e Doutrina e Comando de Futuros — tem um papel a desempenhar no combate aos esforços de modernização do Exército de Libertação Popular

No entanto, ainda há obstáculos importantes que o ELP precisa superar nesse âmbito. O mais significativo é a falta de experiência e a carência generalizada de sistemas de treinamento e formação de qualidade para o corpo de graduados. Embora isso certamente crie uma fraqueza institucional, a abordagem geral do ELP para a guerra de sistema de sistemas talvez dependa menos de graduados de alta qualidade, especificamente por se concentrar muito no uso de fogos de longo alcance para atingir os sistemas que viabilizam o funcionamento do mecanismo militar de seus adversários.38 No entanto, as medidas que o ELP adotou até agora o colocaram a caminho de criar um graduado mais eficaz, especialmente em termos de conhecimento técnico.39

Quando considerada como um todo, a janela de “combater no curto prazo” cria um desafio significativo para a força conjunta dos EUA. Essa talvez seja a mais perigosa das três janelas, na qual o esforço de modernização do nosso possível adversário está dentro do nosso, ele terá progredido em sua jornada rumo à guerra inteligencializada e começará a ver uma forma aprimorada de capital humano nas fileiras do ELP, embora certamente ainda não esteja no mesmo nível dos EUA ou de seus principais aliados. É nessa janela que a dimensão humana será a vantagem fundamental do Exército dos EUA e da força conjunta, e é imprescindível que mantenhamos essa vantagem e preparemos essa força por meio de treinamento e educação profissional militar direcionados.

A terceira janela de ameaça é “combater no futuro”. Essa é reconhecidamente a mais difícil de compreender, pois concentra-se na área crítica entre 2030 e 2050. Se os planos da China se concretizarem, o ELP se tornará o principal exército do mundo e a própria China alcançará seu amplo rejuvenescimento nacional. Nessa fase, o ELP integrará e desenvolverá mais plenamente tecnologias avançadas para multiplicar suas capacidades de combate e destruir, de fato, a capacidade do adversário de travar uma guerra ao visar os sistemas de reforço — comando e controle; fogos; inteligência, vigilância e reconhecimento; e logística. As tecnologias que a China desenvolverá e o ELP empregará nessa janela criarão um efeito sinérgico que o ELP descreve como “1 +1 > 2”.40 Já abordamos a guerra inteligencializada, mas, nessa janela, vemos a ameaça se transformando em um amplo embate estratégico entre os EUA e seus aliados e a China pelo uso de tecnologias avançadas, especialmente aquelas relacionadas à inteligência artificial, que a China vê cada vez mais como o verdadeiro foco da futura competição entre grandes potências. O livro branco de defesa de 2019 declarou: “A competição militar internacional está passando por mudanças históricas. Novas tecnologias avançadas militares baseadas em TI estão se desenvolvendo rapidamente. Há uma tendência predominante de desenvolver armamentos e equipamentos de precisão, de inteligência, furtivos ou não tripulados de longo alcance”.41 Quando combinado com o conceito da guerra de sistema de sistemas que sustenta o pensamento militar chinês, é fácil entender a gravidade dessa ameaça.

O caminho adiante

Os EUA não estão indefesos aqui. O Exército de 2030 receberá um influxo de novos equipamentos e capacidades projetados para conduzir operações em múltiplos domínios, enquanto a força conjunta implementará o Comando e Controle Conjunto de Todos os Domínios — permitindo uma tomada de decisão mais rápida e aumentando vertiginosamente o ritmo e a escala das operações conjuntas dos EUA. Além disso, o Comando de Futuros do Exército (Army Futures Command) já está trabalhando em um novo conceito operacional para 2040, que levará em conta mudanças drásticas na tecnologia e introduzirá novos recursos do DOTMLPF-P concebidos para prevalecer em um campo de batalha onde o adversário esteja travando uma guerra inteligencializada.42

A competição tecnológica entre os EUA e a China representará uma ameaça estratégica para a nação, e a janela de “combater no futuro” exigirá que o Exército e a força conjunta estabeleçam soluções em todo o DOTMLPF-P se quisermos ficar à frente do ELP. Embora certamente existam desafios a serem superados, o Exército começou bem. O estabelecimento de operações em múltiplos domínios como nova doutrina do Exército no Manual de Campanha 3-0, Operações, proporciona uma base sólida.43 Novos equipamentos estão a caminho. Novas organizações estão se juntando à Força, como as brigadas de assistência às forças de segurança e as forças-tarefa em múltiplos domínios. As mudanças no treinamento e no desenvolvimento de líderes estão em andamento, incluindo um foco renovado das escolas do Comando de Instrução e Doutrina (Training and Doctrine Command, TRADOC) na ameaça chinesa. A Escola de Guerra do Exército está criando um novo programa de estudos sobre a China. O treinamento no Exército está se concentrando em operações de combate em larga escala e na ameaça do Indo-Pacífico, o que inclui até mesmo o estabelecimento do novo Centro Multinacional Conjunto de Aprestamento do Pacífico (Joint Pacific Multinational Readiness Center), no Havaí e no Alasca. Há uma nova mentalidade e campanhas inteiras de aprendizado com o foco nessa ameaça. Por exemplo, o Gen Bda J. B. Vowell e o Maj Kevin Joyce escreveram sobre o Exército dos EUA no Pacífico (U.S. Army Pacific, USARPAC) como uma “camada de contato” projetada para sobreviver a um ataque inicial na região do Indo-Pacífico e, em seguida, romper a rede de antiacesso/negação de área do inimigo.44 Além disso, a Operação Pathways do USARPAC — que inclui mais de 40 exercícios conjuntos no teatro de operações do Indo-Pacífico — demonstra a prontidão e o compromisso com a região e mantém as forças do Exército com credibilidade de combate de forma quase constante, servindo como um elemento dissuasório fundamental para as possíveis ambições de Pequim.45 Além disso, a série de jogos de guerra Unified Pacific serve como um rigoroso jogo de guerra estratégico e operacional para obter insights sobre a contribuição do USARPAC para o combate conjunto no teatro de operações do Indo-Pacífico.46 Essas atividades, em conjunto, demonstram uma resposta do Exército como um todo ao desafio apresentado pelo ELP.

O esforço de modernização do ELP representa um desafio significativo para o Exército e para a força conjunta, de um tipo raramente visto: uma real ameaça de um adversário com poder de combate equiparado que se manifesta ao longo do tempo e em todo o DOTMLPF-P. O foco de Pequim e do PCC nas três datas de 2027, 2035 e 2049 abre três janelas de ameaças críticas que exigem uma resposta de todo o DOTMLPF-P para que sejam abordadas. Para o Exército, representa uma ameaça para a força em postos avançados e em campanha no Indo-Pacífico, mas também para o aspecto institucional do Exército. Cada um dos comandos institucionais do Exército dos EUA — Comando de Forças, Comando de Material Bélico do Exército, Comando de Instrução e Doutrina e Comando de Futuros do Exército — tem um papel importante a desempenhar na solução desse dilema. A história é útil até certo ponto nesse contexto, e os ecos da resposta do Exército à ameaça soviética na Guerra Fria têm alguma relevância. Entretanto, a natureza da ameaça, a chegada de novas tecnologias, um ambiente operacional mais complexo (no país e no exterior) e o caráter dinâmico da guerra exigirão um esforço conjunto, um compromisso renovado e uma ampla colaboração dentro do Exército e da força conjunta, bem como com nossos aliados e parceiros para solucionar o problema.


Referências

 

  1. Nathan Beauchamp-Mustafaga, “Dare to Face the ‘Strong Enemy’: How Xi Jinping Has Made the PLA Talk About the United States”, Sinocism, 4 March 2021, https://sinocism.com/p/dare-to-face-the-strong-enemy-how.
  2. Dennis J. Blasko, “The Chinese Military Speaks to Itself, Revealing Doubts”, War on the Rocks, 18 February 2019, https://warontherocks.com/2019/02/the-chinese-military-speaks-to-itself-revealing-doubts/.
  3. U.S. Army Training and Doctrine Command (TRADOC) Deputy Chief of Staff, G-2, The Operational Environment (2021-2030): Great Power Competition, Crisis, and Conflict (Fort Eustis, VA: TRADOC, 21 April 2021), p. 18-19, https://oe.tradoc.army.mil/2021/10/04/the-operational-environment-2021-2030-great-power-competition-crisis-and-conflict-2/.
  4. “Chinese Consul General Published a Signed Article Titled ‘The Chinese Path to Modernization—A Bright Path towards the Great Rejuvenation of the Chinese Nation’”, Consulate General of the People’s Republic of China in Penang, 28 November 2022, http://penang.china-consulate.gov.cn/eng/zlgxw_4/202211/t20221128_10981453.htm; Xi Jinping, “Achieving Rejuvenation is the Dream of the Chinese People”, USC U.S.-China Institute, 29 November 2012, https://china.usc.edu/xi-jinping-achieving-rejuvenation-dream-chinese-people-november-29-2012; Ken Moritsugu, “Analysis: Communist Party Seeking China’s Rejuvenation”, Associated Press, 9 March 2021, https://apnews.com/article/technology-legislature-coronavirus-pandemic-china-asia-pacific-562b40c73740d97f8ddd3099f08fa0a4.
  5. Office of the Secretary of Defense, Military and Security Developments Involving the People’s Republic of China 2022: Annual Report to Congress (Washington, DC: U.S. Department of Defense, 2022), p. 1-2, https://media.defense.gov/2022/Nov/29/2003122279/-1/-1/1/2022-MILITARY-AND-SECURITY-DEVELOPMENTS-INVOLVING-THE-PEOPLES-REPUBLIC-OF-CHINA.PDF.
  6. Ibid., p. 32-33.
  7. Sameer Patil, “China’s Military Modernisation”, Gateway House: Indian Council on Global Relations, 31 March 2022, https://www.gatewayhouse.in/chinas-military-modernisation/.
  8. State Council Information Office of the People’s Republic of China, “China’s National Defense in the New Era” (Beijing: Ministry of National Defense of the People’s Republic of China, July 2019), http://eng.mod.gov.cn/xb/Publications/WhitePapers/4846452.html.
  9. Ibid.
  10. Koichiro Takagi, “New Tech, New Concepts: China’s Plans for AI and Cognitive Warfare”, War on the Rocks, 13 April 2022, https://warontherocks.com/2022/04/new-tech-new-concepts-chinas-plans-for-ai-and-cognitive-warfare/.
  11. Meia Nouwens, “China’s Military Modernization: Will the People’s Liberation Army Complete its Reforms?”, in IISS Strategic Survey 2022: The Annual Assessment of Geopolitics, ed. Nigel Gould-Davies (London: International Institute for Strategic Studies [IISS], 7 December 2022), https://www.iiss.org/online-analysis/online-analysis/2022/12/strategic-survey-2022-chinas-military-modernisation/.
  12. Office of the Secretary of Defense, Military and Security Developments, p. 5.
  13. Mo Jingxi, “Xi Urges Boost to Armed Forces’ Modernization”, Xinhua, 12 April 2023, https://www.chinadaily.com.cn/a/202304/12/WS6436d171a31057c47ebb9c65.html.
  14. “Xi Focus: Xi Stresses Boosting Armed Forces’ Modernization in PLA Western Theater Command Inspection”, Xinhua, 30 July 2023, https://english.news.cn/20230730/186c3f25e76b41c9bec5168f105605b9/c.html.
  15. Michael Martina e David Brunnstrom, “CIA Chief Warns against Underestimating Xi’s Ambitions toward Taiwan”, Reuters, 2 February 2023, https://www.reuters.com/world/cia-chief-says-chinas-xi-little-sobered-by-ukraine-war-2023-02-02/.
  16. Ibid.
  17. Mike Brest, “Milley Says Chinese Military Conflict with the U.S. ‘Inevitable’, but He Doesn’t”, Washington Examiner (site), 6 September 2023, https://www.washingtonexaminer.com/policy/defense-national-security/milley-china-conflict-inevitable.
  18. Department of Defense, Summary of the Joint All-Domain Command and Control (JADC2) Strategy (Washington, DC: Department of Defense, March 2022), https://media.defense.gov/2022/Mar/17/2002958406/-1/-1/1/SUMMARY-OF-THE-JOINT-ALL-DOMAIN-COMMAND-AND-CONTROL-STRATEGY.PDF.
  19. Wang Yi, apud David Sacks, “As China Punishes Taiwan for Pelosi Visit, What Comes Next?”, Asia Unbound and Asia Program (blog), Council on Foreign Relations, 4 August 2022, https://www.cfr.org/blog/china-punishes-taiwan-pelosis-visit-what-comes-next.
  20. Ishaan Tharor, “China Shifts the Military Status Quo After Pelosi Visit”, Washington Post (site), 9 August 2022, https://www.washingtonpost.com/world/2022/08/09/military-beijing-china-pla-taiwan-pelosi/.
  21. Alys Davies e Yaroslav Lukov, “China Fires Missiles Near Taiwan After Pelosi Visit”, BBC News, 4 August 2022, https://www.bbc.com/news/world-asia-62419858.
  22. Adrian Ang U-Jin e Olli Pekka Suorsa, “Since the Pelosi Visit, China Has Created a New Normal in the Taiwan Strait”, The Diplomat, 10 August 2023, https://thediplomat.com/2023/08/since-the-pelosi-visit-china-has-created-a-new-normal-in-the-taiwan-strait/.
  23. Michael Martina e Martin Quin Pollard, “Why Dangerous Encounters by U.S. and Chinese Militaries Look Set to Continue”, Reuters, 6 June 2023, https://www.reuters.com/world/why-dangerous-encounters-by-us-chinese-militaries-look-set-continue-2023-06-06/.
  24. U.S. Indo-Pacific Command Public Affairs, “USINDOPACOM Statement on Unprofessional Intercept of U.S. Aircraft over South China Sea”, Sixteenth Air Force (Air Forces Cyber), 30 May 2023, https://www.16af.af.mil/Newsroom/Article/3411273/usindopacom-statement-on-unprofessional-intercept-of-us-aircraft-over-south-chi/.
  25. Dzirhan Mahadzir, “Chinese Warships Shadow Canadian, U.S., Japanese Warships in East China Sea, the Philippines Resupply Second Thomas Shoal”, USNI News, 8 September 2023, https://news.usni.org/2023/09/08/chinese-warships-shadow-canadian-u-s-japanese-warships-in-east-china-sea-the-philippines-resupply-second-thomas-shoal.
  26. Nouwens, “China’s Military Modernization”.
  27. Ibid.
  28. Ronald O’Rourke, China Naval Modernization: Implications for U.S. Navy Capabilities—Background and Issues for Congress, Congressional Research Service (CRS) Report No. RL33153 (Washington, DC: CRS, 19 October 2023), p. 3-6, https://crsreports.congress.gov/product/pdf/download/RL/RL33153/RL33153.pdf/.
  29. Douglass Barrie, Henry Boyd e James Hackett, “China’s Air Force Modernisation: Gaining Pace”, Military Balance Blog, IISS, 21 February 2023, https://www.iiss.org/online-analysis/military-balance/2023/02/chinas-air-force-modernisation-gaining-pace/.
  30. Nouwens, “China’s Military Modernization”.
  31. State Council Information Office, “China’s National Defense in the New Era”.
  32. Kevin McCauley, “‘Triad’ Military Education and Training Reforms: The PLA’s Cultivation of Talent for Integrated Joint Operations”, China Brief 19, no. 5 (5 March 2019), https://jamestown.org/program/triad-military-education-and-training-reforms-the-plas-cultivation-of-talent-for-integrated-joint-operations/.
  33. Ibid.
  34. Ibid.
  35. Roderick Lee, “Building the Next Generation of Chinese Military Leaders”, Journal of Indo-Pacific Affairs, 31 August 2020, https://www.airuniversity.af.edu/JIPA/Display/Article/2331143/building-the-next-generation-of-chinese-military-leaders/.
  36. Ibid.
  37. Matt Tetreau, “The PLA’s Weak Backbone: Is China Struggling to Professionalize Its Noncommissioned Officer Corps?”, Modern War Institute at West Point, 23 January 2023, https://mwi.westpoint.edu/the-plas-weak-backbone-is-china-struggling-to-professionalize-its-noncommissioned-officer-corps/.
  38. Sydney Freedberg Jr., “PRC, Russia Professionalize – Without Cloning US NCOs”, Breaking Defense, 21 June 2021, https://breakingdefense.com/2021/06/prc-russia-professionalize-without-cloning-us-ncos/.
  39. Tetreau, “The PLA’s Weak Backbone.”
  40. Kevin McCauley, “People’s Liberation Army Transitioning from ‘Informationized’ to Intelligent Warfare Concepts”, Foreign Military Studies Office OE Watch, no. 7 (2023): p. 8.
  41. State Council Information Office, “China’s National Defense in the New Era”.
  42. Jen Judson, “Army Futures Command Drafting Next Operating Concept”, Breaking Defense, 31 July 2023, https://www.defensenews.com/land/2023/07/31/army-futures-command-drafting-next-operating-concept/.
  43. Field Manual 3-0, foreword to Operations (Washington, DC: U.S. Government Publishing Office, October 2022).
  44. J. B. Vowell e Kevin Joyce, “The US Army Can Be the Joint Force’s Contact Layer in the Pacific”, U.S. Army Pacific, 12 January 2023, https://www.usarpac.army.mil/Our-Story/Our-News/Article-Display/Article/3267143/the-us-army-can-be-the-joint-forces-contact-layer-in-the-pacific/.
  45. “Flynn: ‘Learn the Indo-Pacific’”, Association of the United States Army, 15 September 2023, https://www.ausa.org/news/flynn-learn-indo-pacific.
  46. Craig Childs, “Unified Pacific Intel Wargame ‘Pacific Winds’ Offers Key Insights to Deter Potential Adversaries and Address Global Challenges”, U.S. Indo-Pacific Command, 2 February 2023, https://www.pacom.mil/Media/News/News-Article-View/Article/3287283/unified-pacific-intel-wargame-pacific-winds-offers-key-insights-to-deter-potent/.

 

Ian M. Sullivan é Subchefe do Estado-Maior para a seção de inteligência (G-2) do Comando de Instrução e Doutrina do Exército dos EUA (TRADOC). É bacharel pela Canisius University em Buffalo, Nova York, e mestre pelo BMW Center for German and European Studies da Georgetown University em Washington, D.C., e foi bolsista Fulbright na Universität Potsdam em Potsdam, Alemanha. Oficial de inteligência de carreira civil, Sullivan trabalhou no Office of Naval Intelligence; no Comando do Exército dos EUA na Europa e Sétimo Exército; no Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional (Office of the Director of National Intelligence, ODNI) no Centro Nacional de Contraterrorismo; na Agência Central de Inteligência; e no TRADOC. É membro do Defense Intelligence Senior Executive Service e foi inicialmente promovido ao alto escalão dos funcionários civis em 2013 como membro do ODNI’s Senior National Intelligence Service.

 

Army University Films

Vietnam Training ARVN

Vietnã: Training ARVN examina a doutrina estadunidense de defesa interna no exterior nos primeiros anos do Exército da República do Vietnã (Army of the Republic of Vietnam, ARVN). O ARVN parecia uma imagem de espelho do Exército dos EUA da década de 1960. Sob a orientação dos EUA, o Vietnã do Sul desenvolveu suas habilidades na guerra contra o Vietnã do Norte e a Frente de Libertação Nacional. No entanto, as deficiências do ARVN contribuíram para a decisão dos EUA de introduzir as forças de combate estadunidenses em 1965.

 

Para assistir a Vietnam: Training ARVN, acesse https://www.armyupress.army.mil/films/vietnam-training-arvn/.

 

 

 

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Segundo Trimestre 2024