Military Review

 

Isenção de responsabilidade: Em todas as suas publicações e produtos, a Military Review apresenta informações profissionais. Contudo, as opiniões neles expressas são dos autores e não refletem necessariamente as da Army University, do Departamento do Exército ou de qualquer outro órgão do governo dos EUA.


 

Assombrados pelo fantasma de Clausewitz MacArthur

As forças morais no colapso das Forças Armadas afegãs

 

J. B. Potter

 

Baixar PDF Baixar PDF

 
Refugiados afegãos se aglomeram em um Globemaster III C-17 da Força Aérea estadunidense para serem evacuados, no aeroporto de Cabul, Afeganistão, em 19 de agosto de 2021

A escassez de recursos no Afeganistão era muito mais profunda e ampla do que até eu imaginava. Não se referia apenas a tropas. Era intelectual, era estratégica, era física, cultural.

—Alte Esq Michael Mullen

 

Com a atenção do Ocidente voltada para a Ucrânia, a guerra no Afeganistão parece um episódio do passado distante. Talvez sejam uma vaga lembrança, mas as cenas caóticas de afegãos desesperados cercando e invadindo aviões na pista do aeroporto de Cabul ocorreram há menos de um ano e meio.NT Em maio de 2022, nove meses após a retirada dos Estados Unidos da América (EUA), o inspetor geral especial para a reconstrução do Afeganistão (special inspector general for Afghanistan reconstruction, SIGAR) emitiu um relatório parlamentar provisório sobre as Forças de Defesa e Segurança Nacional Afegãs (Afghan National Defense and Security Forces, ANDSF). Intitulado Collapse of the Afghan National Defense and Security Forces: An Assessment of the Factors That Led to Its Demise (“Colapso das forças de defesa e segurança nacional afegãs: uma análise dos fatores que levaram ao seu fim”, em tradução livre), esse documento de 70 páginas concluiu que “a menos que o governo dos EUA compreenda e assuma a responsabilidade pelo que saiu errado, por que saiu errado e como saiu errado no Afeganistão, provavelmente repetirá os mesmos erros no próximo conflito”.1 Para aprender com seus 20 anos de experiência no Afeganistão, o Exército dos EUA deveria consultar um dos amigos mais antigos de profissão, o general e teórico militar prussiano Carl von Clausewitz (1780-1831).

NT: A versão original em inglês, “Haunted by Clausewitz’s Ghost: Moral Forces in the Collapse of the Afghan Military”, foi publicada na edição de Novembro-Dezembro de 2022 da Military Review.

À frente de seu tempo, Clausewitz percebeu que os campos de batalha são moldados de forma determinante por forças morais intangíveis. Como um estudo de caso dessa ideia tipicamente clausewitziana, o fim da guerra no Afeganistão demonstra que as operações militares bem-sucedidas e os esforços de construção nacional devem encontrar um equilíbrio entre duas abordagens: a da guerra como ciência e a da guerra como arte. Ao favorecer a primeira em vez da segunda, a estratégia estadunidense em Hindu Kush criou um grande ponto cego que o Talibã não demorou a aproveitar quando as tropas dos EUA se retiraram. Como a arte da guerra é o ponto focal de sua obra, Clausewitz ofereceu uma perspectiva que foi, muitas vezes, negligenciada nas políticas estadunidenses em relação ao Afeganistão.

O nome de Clausewitz é sinônimo de sua obra prima de oito partes publicada postumamente, Vom Kriege [intitulada Da guerra no Brasil]. Esse trabalho costuma ser lembrado por sua máxima mais famosa: “A guerra é simplesmente a continuação da política com outros meios”.2 Esse ditado ofusca outras ideias do primeiro capítulo do primeiro livro, que são essenciais à teoria da guerra dos prussianos. Nos parágrafos iniciais, por exemplo, Clausewitz define a guerra como “um ato de violência para forçar o inimigo a fazer a nossa vontade”.3 Com vontades antagônicas fundamentando seu raciocínio, ele alega mais adiante que, para que qualquer teoria da guerra tenha aplicações no mundo real, “deve também considerar o elemento humano”.4 Como “a arte da guerra lida com forças vivas e morais” — ou seja, atores humanos dinâmicos com anseios que oscilam — Clausewitz admite que ela “nunca é capaz de alcançar o absoluto e a certeza”.5 Essa ressalva não só afasta noções excessivamente racionais sobre a guerra, mas também revela o elemento-chave da obra Da guerra. Para Clausewitz, as forças morais são o je ne sais quoi e a condição sine qua non da guerra, uma combinação de fatores físicos e psicológicos que são tudo, menos estáticos.

Carl von Clausewitz

As forças morais — marca distintiva da arte da guerra — não se encaixam perfeitamente em uma concepção científica de guerra, a qual é mais bem exemplificada por um contemporâneo de Clausewitz, o militar nascido na Suíça que veio a se tornar o general franco-russo Antoine-Henri Jomini (1779-1869). Embora tenha admitido abertamente que a guerra é, em parte, uma arte, Jomini costumava examiná-la cientificamente. Contrastando com a compreensão de Clausewitz do conflito armado como um fenômeno físico e psíquico, a perspectiva prescritiva de Jomini é muito mais quantitativa e materialista. Para ele, a guerra é um jogo de números. Essa abordagem do combate baseada em dados se reflete na sua escrita e escolha de palavras — na linguagem carregada de geometria, que usa para dar à logística um lugar de destaque na guerra. Habituadas a engendrar feitos organizacionais impressionantes em todo o mundo, as Forças Armadas dos EUA operam de acordo com doutrinas inequivocamente jominianas. Não causa surpresa que a construção nacional no Afeganistão tenha sido expressa mais claramente ao modo jominiano, como pelo apoio financeiro, manutenção de equipamentos e infraestrutura física. Encorajada por esse suporte, as ANDSF pareciam boas em teoria, mas acabaram se dobrando como um tigre de papel. Essa reviravolta inesperada dos acontecimentos ocorreu, em parte, porque, ao longo de duas décadas, formuladores de políticas com mente matemática ignoraram cada vez mais o que não conseguiam enxergar: as forças morais.

Left Quote

Ao adotar uma abordagem demasiadamente científica da guerra no Afeganistão, os estrategistas estadunidenses não prestaram atenção suficiente às forças morais, que são fundamentais para a arte da guerra.

Right Quote

Ao adotar uma abordagem demasiadamente científica da guerra no Afeganistão, os estrategistas estadunidenses não prestaram atenção suficiente às forças morais, que são fundamentais para a arte da guerra. Clausewitz reitera esse ponto no terceiro capítulo do terceiro livro, em que considera os moralischen Größen (fatores morais) um dos “objetos mais importantes da guerra”, “os espíritos que permeiam todo o elemento da guerra e que se alinham com a vontade”.6 Apesar do peso que as forças morais carregam, não é fácil monitorá-las. São, por natureza, incalculáveis; “não podem ser expressas em números ou colocadas em categorias”.7 Diferentemente de tropas, armas e suprimentos, as forças morais não podem ser contadas de forma objetiva. Em vez disso, devem ser medidas de forma subjetiva, observando-se a interação entre mente e matéria. A relação entre corpo e alma se destaca em Da guerra, pois isso possibilitou que Clausewitz traçasse as mudanças radicais na geopolítica que vivenciou no auge de sua vida e em um capítulo sombrio na história de sua terra natal.

Sd Alexander Quiles, Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA

As forças morais permeiam a escrita de Clausewitz porque energizaram a década de superioridade da França nas Guerras Napoleônicas (1803-1813). Apesar de suas inúmeras vantagens materiais, a coalizão que se opunha à França foi desorientada pelo brilhantismo de Napoleão no campo de batalha. Clausewitz percebeu que esse sucesso se devia a algo além de manobras habilidosas e alocação de recursos. A Revolução havia desencadeado uma transformação psíquica na sociedade francesa pela introdução de novas forças morais, como o alistamento apoiado no nacionalismo. Com um novo propósito nacional, as pessoas comuns ganharam mais influência sobre seu destino político ao empunhar armas. Ao lançar mão de uma reserva emocional de fervor patriótico, os franceses ganharam uma vantagem que fez diferença nos campos de batalha. Dono de uma mente militar com visão de futuro, Clausewitz defendeu reformas sociais semelhantes, como a então controversa criação de uma milícia popular.8 Essa e outras mudanças prepararam mentalmente os habitantes de terras alemãs para resistirem fisicamente aos franceses após a Convenção de Tauroggen, um momento revolucionário na história prussiana orquestrado por Clausewitz após a desastrosa invasão da Rússia por Napoleão.9

Em uma variação clausewitziana sobre um tema cartesiano, o quarto capítulo do quarto livro descreve as dimensões física e psicológica das forças morais. A perda da primeira, sob a forma de “homens, cavalos e armas”, caminha lado a lado com a perda da última, que inclui “ordem, coragem, confiança, coesão, e planejamento”.10 Embora as baixas sejam “difíceis de estimar” durante o combate, os ruídos da batalha expõem os estados mentais dos soldados.11 A “perda de terreno”, por exemplo, “é um medidor de forças morais perdidas”.12

A julgar pelo padrão de Clausewitz, a retirada física das tropas estadunidenses do Afeganistão coincidiu com um choque psíquico a um sistema de comando e controle que ainda não era capaz de funcionar sem o envolvimento ativo dos EUA, “em parte porque”, como consta do relatório do SIGAR, “os EUA projetaram as ANDSF como um espelho das forças estadunidenses”.13 Embora as Forças Armadas afegãs conseguissem manter sua posição contra os talibãs, dependiam do apoio logístico e financeiro dos órgãos de intendência e pagadores estadunidenses. Como Jonathan Schroden afirma em seu artigo publicado pela plataforma on-line War on the Rocks, “Enquanto as forças afegãs ficaram encarregadas da maior parte dos combates durante anos antes da retirada dos EUA, estes últimos cuidaram de quase toda a gestão e apoio dessas forças nos bastidores”.14 A gestão e o apoio são, naturalmente, parte integrante da ciência da guerra, não da arte. O fato de que a primeira não se traduz necessariamente para a última tornou-se evidente para os comandantes estadunidenses, frustrados ao testemunharem a deterioração da ANDSF em questão de dias.

Depois do colapso das Forças Armadas afegãs no período de duas semanas, os líderes estadunidenses foram rápidos em considerá-las fracas demais. Em seu discurso de 16 de agosto de 2021, o presidente Joseph Biden enumerou os investimentos físicos dos EUA no Afeganistão. “Gastamos mais de um trilhão de dólares. Treinamos e equipamos uma força militar afegã com cerca de 300 mil integrantes. […] Demos a eles todas as ferramentas de que poderiam precisar. Pagamos seus salários, cuidamos da manutenção de sua força aérea”.15 Imediatamente após essa ladainha logística jominiana, ele voltou-se para o núcleo incorpóreo do pensamento clausewitziano e retratou o povo afegão como pouco patriótico. “As tropas dos EUA não podem e não devem lutar em uma guerra e morrer em uma guerra em que as forças afegãs não estejam dispostas a lutar por si mesmas. […] Demos a eles todas as oportunidades para definirem seu próprio futuro. O que não conseguimos lhes dar foi a vontade de lutar por esse futuro.”16

O Gen Div (Res) Douglas Lute, do Exército dos EUA, que serviu como Vice-Assessor de Segurança Nacional para o Iraque e o Afeganistão antes de se tornar Embaixador dos EUA na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), ecoou as observações de Biden e evocou Clausewitz em sua análise do colapso das Forças Armadas afegãs. Em uma reportagem da Associated Press de 16 de agosto de 2021, ele foi citado por sua afirmação de que “o princípio da guerra se mantém — os fatores morais sobrepujam os fatores materiais. […] Moral, disciplina, liderança, coesão da unidade são mais decisivos do que o número de forças e equipamentos. Como atores externos no Afeganistão, podemos fornecer material bélico, mas apenas os afegãos podem fornecer os fatores morais intangíveis”.17 Inseparável desses fatores morais, como disse Lute em uma entrevista à CNBC no dia seguinte, é “a vontade de lutar”.18

Book Cover

Culpar as vítimas por sua falta de força de vontade nos distrai de uma verdade maior com mil facetas. Schroden salienta, acertadamente, que “o fracasso das forças afegãs teve muitos ‘pais’, incluindo os líderes políticos e militares dos EUA, seus parceiros de coalizão, o Afeganistão e o Talibã”.19 Desses atores, o Talibã merece menção no contexto das forças morais. Sobretudo, esse movimento militante conhecia melhor o terreno físico e figurado do que os EUA. De forma ponderada e sem perder de vista os objetivos ao longo de duas décadas, o Talibã beneficiou-se das forças morais presentes na luta em uma guerra defensiva. Movido pelo fundamentalismo dirigido contra uma nação que poderia facilmente qualificar como um ocupante estrangeiro, o Talibã aguardou o momento propício até que uma mudança nos corações e mentes em Washington levasse à retirada das tropas estadunidenses de Cabul.

A administração de Trump priorizou uma estratégia de saída em fevereiro de 2020, quando assinou um acordo que foi acolhido pelo Talibã. No período de um ano e meio subsequente, a organização aproveitou ao máximo as novas regras de engajamento do acordo, travando “uma campanha eficaz que isolou — física e psicologicamente — as ANDSF e minou sua vontade de lutar”.20 Essa linha clausewitziana do relatório do SIGAR, que fala da compreensão intuitiva das forças morais pelo Talibã, ressalta o fracasso dos formuladores de políticas estadunidenses em considerá-las. Esse lapso resultou de uma abordagem científica demais, que não previu as consequências psíquicas geradas pela retirada abrupta das tropas dos EUA.

Como demonstrado pela velocidade vertiginosa da tomada do Talibã, os EUA eram a pedra fundamental da segurança no Afeganistão, um “dedo” estrangeiro em um dique prestes a ruir. Schroden lembra aos leitores que “as forças de segurança afegãs vinham há anos fracassando lentamente como instituição, e o governo afegão continuamente perdia terreno para os talibãs”.21 A ausência física de militares no terreno deixou um vazio psicológico muito grande para ser preenchido pelas autoridades afegãs. Ao saírem às pressas, os EUA criaram uma situação que não inspirou o afegão médio a pegar em armas. Como resumido na conclusão do relatório do SIGAR, as “ANDSF, juntamente com os afegãos em todo o país, sentiam-se”, em uma palavra, “abandonadas”.22 Quando os afegãos, exaustos pela guerra, se viram forçados a se defender por conta própria após anos de apoio dos EUA, o desejo de resistir aos talibãs desapareceu, o que é compreensível.

A desintegração das ANDSF pode ser, também, interpretada como uma discrepância entre a coragem autóctone e as convicções importadas. Afinal, é difícil culpar as Forças Armadas afegãs por não terem a coragem das convicções estadunidenses, convicções que, em grande parte, são conceitos estranhos a uma sociedade em que o parentesco e a etnia moldam a identidade política mais do que qualquer ideal nacional ou democrático. Por essa razão em particular, os talibãs conseguiram persistir apesar dos melhores esforços do Exército dos EUA. Treinar, fisicamente, os soldados afegãos a marchar e disparar foi um desafio, mas os EUA e seus parceiros de coalizão estavam à altura da tarefa. Por outro lado, foi uma tarefa de Sísifo persuadir o povo afegão a arriscar suas vidas pela República Islâmica do Afeganistão, um Estado fantoche que era tão corrupto quanto politicamente ineficaz.

Como indicado no parágrafo de abertura do relatório do SIGAR, essa combinação corrosiva minou o moral das ANDSF. Com alguns líderes desviando dinheiro e muitos soldados sendo pagos sem regularidade por anos, as praças tinham cada vez menos incentivos para resistir e lutar.23 O perigo claro e presente das represálias dos talibãs contra suas famílias deu-lhes mais uma razão para não disparar um tiro sequer. Sobrepujadas pela falta de pagamento e pela ameaça de retaliação, quaisquer vantagens materiais oferecidas aos soldados afegãos pelas Forças Armadas estadunidenses se tornaram duvidosas, em última análise, porque os afegãos estavam desarmados psicologicamente. Essa interação entre fatores tangíveis e intangíveis é apresentada de forma sucinta na análise de Clausewitz sobre estratégia. Como ele afirma no início do terceiro livro de Da guerra, “As relações das coisas materiais são todas muito simples; é mais difícil compreender as forças psicológicas em jogo”.24

A incapacidade dos políticos e formuladores de políticas dos EUA de compreender adequadamente a relevância das forças morais no Afeganistão representa uma falta de imaginação, uma expressão que se tornou famosa com as conclusões da Comissão do 11 de Setembro. Com essa ideia delimitando o conflito de duas décadas, a conclusão do envolvimento estadunidense no Afeganistão expôs um ponto cego na visão predominante da guerra nos EUA. Na mente de muitos estadunidenses, a guerra é mais uma questão jominiana. É medida em vidas perdidas e dólares gastos. Compreender a guerra nesses termos reflete a necessidade humana de quantificar o sacrifício — para demonstrar um nível de dedicação a uma causa maior. No entanto, Clausewitz deixa claro que homens e material bélico contam apenas uma parte da história. As forças morais intangíveis contam o resto, pois explicam por que os soldados defendem ou arriam a bandeira do país.

Na análise final, para que futuras operações militares dos EUA, aliadas à construção nacional, possam transformar sonhos de democracia na realidade de uma república, as vidas e recursos estadunidenses não devem ser gastos no exterior, a menos que possam ser convertidos em compromisso cívico e determinação defensiva do povo que os EUA buscam ajudar. Negligenciar essas forças morais é transformar o Exército dos EUA na “espinha dorsal” política de um governo inexperiente incapaz de se manter de forma autônoma. Essa é a lição duradoura da guerra no Afeganistão. Seria prudente que os líderes estadunidenses lhe dessem atenção, sem falar nas ideias duradouras de Clausewitz, que devem ser levadas a sério na próxima vez que considerarem colocar seus militares em perigo.

 

Nota bene: Todas as traduções do alemão para o inglês na versão original deste artigo foram do autor.


Referências

  • Epígrafe. Bob Woodward, Obama’s Wars (New York: Simon & Schuster, 2011), p. 118.

 

  1. John F. Sopko, Collapse of the Afghan National Defense and Security Forces: An Assessment of the Factors That Led to Its Demise, SIGAR 22-22-IP Evaluation Report (Arlington, VA: Special Inspector General for Afghanistan Reconstruction [SIGAR], May 2022), p. 39, acesso em 22 ago. 2022, https://www.sigar.mil/pdf/evaluations/SIGAR-22-22-IP.pdf.
  2. Carl von Clausewitz, Vom Kriege (Augsburg, DE: bibliotheca Augustana, 2010), p. 15, acesso em 22 ago. 2022, https://www.clausewitz-gesellschaft.de/wp-content/uploads/2014/12/VomKriege-a4.pdf.
  3. Ibid., p. 3.
  4. Ibid., p. 14.
  5. Ibid.
  6. Ibid., p. 101.
  7. Ibid.
  8. Wolf Kittler, “Host Nations: Carl von Clausewitz and the New U.S. Army/Marine Corps Field Manual, FM 3-24, MCWP 3-33.5, Counterinsurgency”, em Enlightened War: German Theories and Cultures of Warfare from Frederick the Great to Clausewitz, ed. Elisabeth Krimmer and Patricia Anne Simpson (Rochester: Camden House, 2011), p. 288.
  9. Ibid., p. 298-99.
  10. Clausewitz, Vom Kriege, p. 140.
  11. Ibid.
  12. Ibid., p. 155.
  13. Sopko, Collapse of the Afghan National Defense and Security Forces, p. i.
  14. Jonathan Schroden, “Who Is to Blame for the Collapse of Afghanistan’s Security Forces?”, War on the Rocks, 24 May 2022, acesso em 13 jul. 2022, https://warontherocks.com/2022/05/who-is-to-blame-for-the-collapse-of-afghanistans-security-forces/.
  15. Joe Biden, “Remarks by President Biden on Afghanistan,” The White House Briefing Room, 16 August 2021, acesso em 13 jul. 2022, https://www.whitehouse.gov/briefing-room/speeches-remarks/2021/08/16/remarks-by-president-biden-on-afghanistan/.
  16. Ibid.
  17. Robert Burns, “Billions Spent on Afghan Army Ultimately Benefited Taliban”, Associated Press, 16 August 2021, acesso em 13 jul. 2022, https://apnews.com/article/joe-biden-army-taliban-185017ba2944eb43392a0ad8ffffb25f.
  18. Douglas Lute, “One Thing We Could Not Give the Afghan Army Was the Will to Fight, Says Retired Lt. Gen.”, CNBC, 16 August 2021, acesso em 13 jul. 2022, https://www.cnbc.com/video/2021/08/16/one-thing-we-could-not-give-the-afghan-army-was-the-will-to-fight-says-retired-lt-gen.html.
  19. Schroden, “Who Is to Blame.”
  20. Sopko, Collapse of the Afghan National Defense and Security Forces, p. 20.
  21. Schroden, “Who Is to Blame.”
  22. Sopko, Collapse of the Afghan National Defense and Security Forces, p. 39.
  23. Jad Sleiman, “IG: US Can’t Verify How Money for Afghan Troop Salaries Is Being Spent”, Stars and Stripes (site), 29 April 2015, acesso em 13 jul. 2022, https://www.stripes.com/news/ig-us-can-t-verify-how-money-for-afghan-troop-salaries-is-being-spent-1.343037.
  24. Clausewitz, Vom Kriege, p. 96.

 

J. B. Potter é aluno de pós-graduação na Georgetown University em Washington, D.C. Estudou História e Alemão no Hampden-Sydney College e depois trabalhou como Assistente de Ensino de Inglês no programa Fulbright e como tradutor em Mainz, Alemanha, onde concluiu o mestrado em Alemão na C.V. Starr School do Middlebury College na Johannes Gutenberg University. Depois de um período no exterior, lecionou alemão e foi instrutor de tênis em escolas de ensino médio no estado da Virgínia, EUA. Seu artigo sobre honra e justificativas da violência no filme de guerra australiano de 1980 Breaker Morant foi publicado por Small Wars & Insurgencies em julho de 2022.

 

Voltar ao início

Janeiro-Junho 2023